domingo, 3 de janeiro de 2010

Passou

Passou, fora de Quando,
De Porquê, e de Passando...,

Turbilhão de Ignorado,
Sem ter turbilhonado...,

Vasto por fora do Vasto
Sem ser, que a si se assombra...

O universo é o seu rasto...
Deus é a sua sombra...

Fernando Pessoa

2 comentários:

  1. Esta espécie de poema de Pessoa... não será um plágio de uma das enigmáticas e parabólicas sentenças do juiz de Barrelas?!... Só pode! Quem destrinça? JCN

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  2. Quando Pessoa isto escreveu, senhor Kunzang, ainda não tinha "passado". Ainda estava sob o efeito... daquilo que nós sabemos. JCN

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