domingo, 10 de janeiro de 2010

Na época em que colhia frutos
imaginava um campo onde o tempo não existe
as mulheres puxavam as manhãs
com seus longuíssimos cabelos
o amor era macio como a terra prometida
e era tão claro o pensamento quanto o canto feminino
que o céu inventava os seus pássaros.

3 comentários:

  1. Finalizando...

    Hoje já não colho mistérios…
    O azul do céu recolheu ao casulo carnal da noite
    E as mãos secaram nos espinhos dos lápis
    Que vincam papéis cansados na espera de mim.
    Já não invento pássaros de linho macio
    nem cantos de mulher na voz das manhãs…
    Devolvo os frutos à terra que me puxa os cabelos
    Longuíssimos do tempo.

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  2. Be...lí...li...ssimo po...ema. Eu go...go...sto. Mui..to.

    Escrevo assim... porque tenho frrriio e o poema também me põe a trrre...mer... e a "inventar pássaros.

    Grata pela beleza.

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