segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

comprei o Inverno no alfarrabista
a um tipo que vende terrenos na lua
Enganou-me
Contou-me o conto do vigário

é assim o paladar da loucura
instala-se
se outro tempo houvesse
eu não estaria internada

5 comentários:

  1. E não é? O Inverno a preço de saldo?
    O conto do vigário? O Paladar da Loucura? Uma vigarice pegada!

    ResponderEliminar
  2. Quando quiser comprar invernos amenos e aprazíveis, fale comigo... que, sem vigarices, vendo poeticamente terrenos no mundo das estrelas, muito pertinho do céu! É lá que os passa o meu grande amigo Pablo Neruda, que me conquistou com a sua "Bóina gris". JCN

    ResponderEliminar
  3. É tentadora a proposta. Aumenta o desgosto de ter tudo gasto na vigarice do outro!

    ResponderEliminar
  4. O abismo dos dias cresce
    a realidade impõe-se crua, fria
    o vento rodopia dentro de nós
    e de nós dentro, o vento
    um grito sem tempo, marés perdidas
    ecos.

    Tudo deixa a sua luz
    que perpassa éons de tempo
    o esgar primordial invento, amor
    além do mundo, azul sem fundo de nós cheio
    lonjura pura sem fim, sem meio
    pensamento.

    ResponderEliminar