Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
No fio do sagrado
Descalça-te
dirige-te ao mais secreto íntimo
a caminho contemplarás e verás que tudo o que pode desabar está sempre por um fio o fio partir-se-á quando chegares e logo saberás que nada desaba.
Como Lapdrey ficou "paralítico" - de tanto olhar 360º em volta, em todos os descritivamente geométricos sentidos, - venho eu aqui afiar a língua no fio da lâmina, perdão, do sagrado.
Começo por descalçar-me do indiscreto do passo: sem estardalhaço.
E, entre o esticar a corda do deslumbre habitual perante o lavrar de texturas por que Luiza se escreve, e o estar (sei-o) em tal visitação o meu desabe sempre por um fio, vejo-me chegar ali onde, a caminho do que nunca chega, o incompleto está sempre inteiro.
Sinto-me como timo no íntimo, e como se calçado de ver, na quase contemplação do segredo insolúvel que é o apenas chegar-se a porto de destino quando a corda se parta do rumo que, em puro desnorte, quanto mais nos perca mais nos faz encontrar-nos.
Como por um fio do sagrado, assim nos movimentamos na dança silenciosa dos pés. Pode o mundo desabar que no fio da navalha o secreto íntimo sobreviverá... "mundo por um triz".
"O mundo é mundo por um triz" - Teixeira de Pascoaes.
ResponderEliminarE por outro triz... poderá deixar de sê-lo. Em cronologia cósmica... é daqui a pouco. Te arrenego! JCN
ResponderEliminarComo Lapdrey ficou "paralítico" - de tanto olhar 360º em volta, em todos os descritivamente geométricos sentidos, - venho eu aqui afiar a língua no fio da lâmina, perdão, do sagrado.
ResponderEliminarComeço por descalçar-me do indiscreto do passo: sem estardalhaço.
E, entre o esticar a corda do deslumbre habitual perante o lavrar de texturas por que Luiza se escreve, e o estar (sei-o) em tal visitação o meu desabe sempre por um fio, vejo-me chegar ali onde, a caminho do que nunca chega, o incompleto está sempre inteiro.
Sinto-me como timo no íntimo, e como se calçado de ver, na quase contemplação do segredo insolúvel que é o apenas chegar-se a porto de destino quando a corda se parta do rumo que, em puro desnorte, quanto mais nos perca mais nos faz encontrar-nos.
Obrigado, Luiza: sempre.
Luiza,
ResponderEliminarComo por um fio do sagrado, assim nos movimentamos na dança silenciosa dos pés. Pode o mundo desabar que no fio da navalha o secreto íntimo sobreviverá... "mundo por um triz".
Saudades do caminhar descalço que nos trazes.