domingo, 25 de outubro de 2009

Nautilus

Pintura de António Couvinha

A matéria do vento
Essa sublime luz!
A pedra irradiada
da palavra:
Espírito do Verbo
Flor sombria
Estrela dolorosa
em carne e dor ardente
E som.



Cansados estão os olhos
de ver subir as águas
Espelho do céu
Pedra polida
Ao pensamento torna
Acesa em Luz e Vida.

12 comentários:

  1. Dedicado a Ulisses, o meu filho que amanhã faz anos, à Sereia que
    deve estar a fazê-los,ao Paulo Borges e a todos os da Serpente, agora "produzida" com um desenho festivo.

    Também para Fragmentus vai o meu pensamento...

    Beijos

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  2. Ainda debaixo desta Lua,
    venho agradecer esta prenda marítima.

    Nautilus chegou para iluminar a noite e de concha de búzio se transformou em estrela. Dolorosa, sim. Esta noite deve ser assim. Porque as palavras foram cravadas na rocha, hoje.
    Mas este Nautilus traz luz, até no próprio nome.

    Nau-ti-lus,
    nas águas escuras da noite, mas brilhantes.

    E que amanhã Ulisses renasça em alegria e felicidade*

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  3. Gosto do trabalho dos 2 :teu e do António
    Duplamente:
    -pelo post na Serpente
    -mais ainda pelo Ulisses

    parabens aos 3

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  4. Sereia e Platero,

    Beijos aos dois.

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  5. Divagando:

    ODISSEIA

    Chamar-se Ulisses não é
    para todos os mortais:
    é preciso, além do mais,
    herói ser contra a maré.

    Há que saber resistir
    às legendárias sereias
    que espojadas nas areias
    o quiseram... seduzir.

    A verdade é que a bom porto
    após muito navegar
    acabou por arribar
    quando o julgavam já morto.

    Ulisses é lindo nome
    em toda a parte do mundo
    por qualquer lado, no fundo,
    que se encare ou que se tome!

    JCN

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  6. Grato, Saudades, e felicitações ao Ulisses! Abraços

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  7. Parabéns ao teu filhote, querida Saudades e obrigada pelo teu carinho...bj rosa champanhe ;)

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  8. Não gosto da palavra "partilha", pois que me parece (erradamente, claro) que se dá apenas parte, se divide, o que se deve dar inteiro e todo e tudo. É, acho, apenas uma embirração com a palavra.

    O gesto de aqui mostrar que o "meu" filho, Ulisses, faz anos não signifia - quem sabe, significa... nada de outra coisa.

    Apenas que estou contente que ele tenha feito anos, os dele, e que por o Amar muito a vós o quero dizer..
    A quem?
    À Serpente, espaço por onde engolimos e vomitamos, as "boas e más digestões" que temos, quando a nós mesmos nos devoramos.
    Que não é para outra coisa que para aqui fomos lançados!

    Se for em Beleza e Bem, cumpriremos.
    Mesmo que o instrumento não seja o violino, desde que esteja afinado!

    Grata a João de Castro Nunes pelo "poemeto" em "quadriculado"...
    Competindo com Platero?

    O que é que se passa, JCN!
    Esgotada a arte maior?
    P.... Senhor Abade!:)

    Um abraço carinhoso a todos, meus Amigos

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  9. Para que não se enfadem, há que prestar culto às duas deusas! Faço o que posso... em qualquer dos violinos, muito embora tenha um fraco pelos Stradivarius em desfavor dos Guarnerius. De resto,para desenfastiar, é bom, de quando em quando, para de ouvir a quinta e a nona... para escutar a bagatela. Que linda é a "Para Elisa", vernaculamente falando! Em ré menor... quem pode competir com PLATERO?!... A "graça" não anda por aí à mão de semear, aquém
    ou além-Tejo. Nem de candeia acesa... é fácil dar com ela! JCN
    ém

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  10. Na 6ª linha, em vez de "para de ouvir", leia-se "parar de ouvir". Quanto ao "ém" fora de texto, é sílaba parasitária, que entrou na carruagem... sem bilhete. JCN

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  11. Sorrio, JCN!

    A "Elisa" é em Lá menor, JCN!
    A "Quinta" é em Dó, igualmente menor, que é mais sentido o tom, e a "Nona" é que é em Ré...

    Amigo JCN! Não vi por aqui a Graça, não se consegue nem com uma candeia achá-la... mas... a "Cantata Campestre" faz sempre jeito... do seu jeito, claro! JC (Agora fica sem N) que é para não dizer que não temos "graça."

    Vou fazer uns versos engraçados: "divagando"

    Divagando, devagar
    Como só Jota Cê Ene
    Vê-se que sem caminhar
    Chega, a rir, de Mitilene...

    (Quem me dera! JCN!)

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  12. Rendido à sua invejável cultura musical, cara Senhora dos dós, rés e lás, uns maiores outros menores, confesso na matéria o meu parco saber, o que me induziu, querendo fazer graça sem candeia, a chamar de "ré" a poesia dita de "menor"... habilmente praticada pelo nosso comum Amigo PLATERO, tão castiçamente transtagano (do ponto de vista dos beirões). E mais não digo... sobre o particular.
    Quanto a reduzir-me o nome a João de Castro, suprimindo o Nunes, que era do meu pai, nada mais grato para mim dada a circunstância de inexplicavelmente (ou talvez não) a minha mãe outro nome não ter que o de Inês de Castro, sem qualquer outra espécie de apelido. Assim foi registada e assim ficou para o resto dos seus dias. Dizem que por ser tão bonita como a outra Inês de verdes olhos e colo de alabastro. Como não haveria eu de onomasticamente ser tão-só João de Castro, o homónimo do irmão de leite e companheiro de armas do Desejado, em cuja morte nunca acreditou?!... Suprima, pois, sem relutância o prosaico e detestável Nunes, muito embora Castro Nunes não deixe... de soar bem. A que divagações nos conduziu o "sábio grego", a quem fantasiosamente se atribui a fundaão da Lisboa dos fados e das naus! Boa matéria para um par de quadras... de arte menor, em que PLATERO dá meças a qualquer! "Perdigão perdeu a pena":
    haverá Poesia... maior?!... JCN

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