Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Impermanência
Um dia em que se encontrava à beira de um rio, o Mestre diz: Tudo passa como esta água; nada se detém, nem de dia nem de noite!
Se andarmos (quem "ande", claro) sempre às voltas com as miríades de modalidades por que se manifesta o tetralema ("satuskotika": ser, não ser, ao mesmo tempo ser e não ser, nem ser nem não ser), bem pode a serpente mudar infindas vezes de pele, que nada teremos tugido nem mugido.
Talvez então esse "nada" seja porventura a melhor "resposta" a K'ung-fu-tzu: "toda esta aguada passa como tudo...!" (em bom vernáculo, dir-se-ia talvez: passa como o diabo!)
Por isso, está tudo na mesma, talvez porque tudo é (sempre) o mesmo... o mesmo não ser o mesmo, e bla bla bla...
(Confirma-se: dizê-lo, ou antes, tentar dizê-lo não muda um cabelo... Já se sabia! Calo-me, pois!)
Mentira. Eu estou aqui desde sempre.
ResponderEliminarSem permanência não existiria rio. Sem impermanência não existiria fluir.
ResponderEliminarSe andarmos (quem "ande", claro) sempre às voltas com as miríades de modalidades por que se manifesta o tetralema ("satuskotika": ser, não ser, ao mesmo tempo ser e não ser, nem ser nem não ser), bem pode a serpente mudar infindas vezes de pele, que nada teremos tugido nem mugido.
ResponderEliminarTalvez então esse "nada" seja porventura a melhor "resposta" a K'ung-fu-tzu:
"toda esta aguada passa como tudo...!" (em bom vernáculo, dir-se-ia talvez: passa como o diabo!)
Por isso, está tudo na mesma, talvez porque tudo é (sempre) o mesmo... o mesmo não ser o mesmo, e bla bla bla...
(Confirma-se: dizê-lo, ou antes, tentar dizê-lo não muda um cabelo...
Já se sabia! Calo-me, pois!)
O rio muda mas continua a ser rio...
ResponderEliminarPara um ser destituído (ou libertado) dos sentidos, ainda que não de sentido, onde está o rio, e a sua permanência ou impermanência?
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