Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
sábado, 19 de setembro de 2009
da janela de um quarto
"Abri a janela do meu quarto,
Era ainda manhã,
Em cima da mesa estava o coração!
Reparei na moldura,
Passei discreto,
Eram tempos de hesitação!
Que segredos guardam meus passos?
Que tristezas guiam meus conflitos?
Acabei por descobrir os meus laços,
Percorrendo sempre os meus gritos!
Corri para o canteiro do lugar
Recolhi um botão de formosura,
Que atento coloquei ao luar.
Era noite, cedo tarda a noite,
Porque cedo amanhece o dia!
Que fado é a saudade
Da mesa do meu quarto
Que a felicidade é ter-te à mesa,
Servir-te este caldo farto
Num prato de sobremesa...
Esta rosa florida em botão.
Este instante de ternura e poesia,
Que neste momento te entrego em mão."
Abri a janela do meu quarto, de Rogério Martins Simões
Isto, efectivamente, é... Poesia! JCN
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