quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Convolução

Inventa um trespasse
que em parte alguma te toque.
Tecida a filigrana,
ausente na forma da imobilidade
em que te vês inominável,
recrias-te nú,
despido do Universo.
Todo esse espaço onde não és,
onde a existires é dizeres
que esse ser-se não existe,
é, nesse vazio,
o mais que se te abrilhanta,
o grande nada,
onde nunca te encontrarás à tua espera.

4 comentários:

  1. Vazio figurado em um tapete de seda ao vento,
    É clara esta imagem,que me transmite este texto.
    muito bonito

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  2. Obrigado Anaedera.

    Grato pela sugestão-partilha da sua imagem. Bela e serena.

    Um abraço.

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  3. Um Universo líquido e alaranjado, cujo centro tem qualquer coisa de floral.

    E, nele, nunca me esperar, nem nunca me encontrar!

    Que belo!
    Beijos para ti, amigo*

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