quinta-feira, 10 de setembro de 2009

breve Lenda do Vento e da Lua


conta a lenda que há muito, muito tempo, nos primórdios da criação, lua e vento se apaixonaram em dança de fluido amor.
as estrelas, pelo que dizem, são fruto de uma explosão natural e espontânea que traduz o brilho, a luz das vezes que os seus progenitores se amaram (quase tão infinitas...) ...
e as crateras da lua? são beijos soprados, carícias tatuadas, a presença (e)terna de vento na lua.
eu acredito na lenda... e tu?

12 comentários:

  1. momento único escrever ao som de uma guitarra portuguesa e de nick cave... :)
    (foto Frag.)

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  2. Eu acredito que é de facto assim amor. Bj carinhoso em ti.

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  3. Acredito piamente e, "se a tanto me ajudar o engenho e arte", vou tentar reduzir o tema à mágica forma de um soneto, a minha predilecta forma de expressão poética. "Pode escrever"! JCN

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  4. Muito bonita a lenda. Uma história de amor entre o vento e a lua, com estrelas saídas do seu suposto ventre, logo nos trazem à ideia o estonteante mistério da vida. E depois o romance está cheinho de palavras postas no lugar certo. Beijos e carícias eternas numa dança de fluido amor, é mesmo Amor.

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  5. livro, adoro-te!
    és vento em mim ;)
    *
    JCN, será uma honra ler tal soneto, mt obrgda e aguardando ansiosamente. :)
    *
    Luís, é mesmo uma história de Amor...obrigada :)


    baba nam kevalam

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  6. Bom regresso às lides
    após férias seguramente férteis em motivos de inspiração.

    é bom voltar a vê-la entre as sinuosidades do rasto da serpente-
    Beijinho

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  7. a melhor forma de sermos sem disfarce é deixarmos que a vida seja lenda e poesia sem obscurecimentos. Claro que acredito! :)

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  8. amigo Platero, já lhe tinha deixado um bj na sua última rosa ;)

    *

    grande verdade, Paulo. essa história da lenda faz-me lembrar o que li num livro de Paulo Coelho, já não sei se foi no zahir mas q foca essa questão de sermos lenda e história pessoal...

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  9. Como o prometido é devido, aqui vai a primeira quadra do soneto:

    Como se conta em certa lenda, o vento,
    soprando sobre a lua, a fecundou
    e deste modo foi que ela gerou
    quantas estrelas há no firmamento.

    JCN





    e no seu ventre maternal gerou
    quantas estrelas há no firmamento.

    JCN

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  10. A segunda versão, erradamente introduzida, é para eliminar. JCN

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  11. Aí vai, completo, o soneto para frAgMentus:

    A LENDA DOS AMORES DO VENTO E DA LUA

    Como se conta em certa lenda, o vento,
    soprando sobre a lua, a fecundou
    e deste modo foi que ela gerou
    quantas estrelad há no firmamento.

    O vento, uma por uma, as dispersou
    e cada qual, entrando em movimento,
    o seu lugar nas trevas ocupou,
    mantendo o necessário afastamento.

    Cada carícia pelo vento dada
    à lua, sua amante, anos a fio,
    por um vulcão ficou documentaada.

    Por isso a lua tem tantas crateras
    à superfície do seu corpo em cio
    desde essas longas e distaqntes eras!

    JOÃO DE CASTRO NUNES

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  12. ficou mt bonito, JCN :)

    agradeço a honra e elogio-lhe na arte de poetar sob a forma de soneto.

    um sorriso de luz e paz

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