Alguma coisa sobe como um vómito
É o vento
As uvas e o cão
A vide o veneno velho o velho
Que adormece com os olhos espetados
Na fasquia dos seus muitos anos miseráveis
As pulgas no alpendre
Na pocilga vazia
O choupo
De raízes cravadas na gengiva da casa de que só eu sou interior
A hortelã nos pingos da torneira
A náusea da pausa vegetativa dos coentros
Os limões de umbigo
Os diques na caleira da leira de tomate
A Peugeot cinzenta
Pelo vento e pela noite
A grossa grade de portão
Guardada por cães de gonzos ferrugentos
Os velhos verticais no interior do pátio
Das carroças
As sinetas e as vozes
Das franjas das echarpes
Chamando os netos por entre minúsculos fios de ferro
Caracóis nas listras
Vermelhas das peúgas dos miúdos
Quinze graus de tédio no choro com que não respondem
Os chás nas chávenas
Sobre a falsa virgindade das toalhas
A memoria dos aventais brancos
Das criadas roçando nos soalhos
Alguma coisa sobe como um vómito :
É a cor no ecran
Da casa toda branca
Sem interior algum
Ó Platero!
ResponderEliminarSalvado está o que nunca se perde. A Peugeot há-de sobreviver-te. É a lei da vida!
As rendas dos aventais. Se calhar, está tudo no ecran branco, "da casa sem interior".
É para ser assim.
Nunca as uvas sobem se não forem ingeridas no fermento do veneno velho. É ainda uma reacção química.
Cuida-te!
Maria,
ResponderEliminartu é que mentendes
bêjo
dh, seu safado! passa na "zona leste do blog"
ResponderEliminardh
ResponderEliminarnão sei para que norte
possa ficar a "zona leste"
do blog
juro
Com tanto "lixo" não tens salvação possível, nem poeticamente divagando! JCN
ResponderEliminarEste poema mete nojo.
ResponderEliminarentão vai andando... não vomites aqui.
ResponderEliminarPoema de maricas! JCN
ResponderEliminarestá muito fixe, platerno.
ResponderEliminarFoste tu que fizeste Platero ou copiaste?
ResponderEliminarJNC, tu cala-te em relação aos poemas dos outros!
ResponderEliminarque a zona leste do blog é para Sul...
ResponderEliminarTambém acho. Vamos lá a subir isto intelectualmente.
ResponderEliminarmas o último neurónio pifou, estou azul...
ResponderEliminarpergunta ao baal, ele é o homem da "zona leste do blog". Mas tem cuidado ele está chateado e pode mandar-te às favas...
ResponderEliminarNão manda nada porque ele é muito elevado espiritualmente. Incapaz de dizer asneiras...
ResponderEliminarQuem usou as minhas iniciais (JCN) para me atribuir a autoria do comentário "Poema de maricas!", merecia ser reduzido a cascalho para alicerce das barragens de Estaline, metaforicamente falando. Mas merecia! Sacanagem! JCN
ResponderEliminarEstás a mais aqui, não precisamos de torquemadas.
ResponderEliminarelevado espiritualmente, não serei sou mais materialista, mas existe linguagem da qual não percebo, a sua necessidade.
ResponderEliminartenho conversado e aprendido neste blog (não sou budista, acredito na apendizagem da realidade), como muitos canso-me e regresso. que conversa, já falo de um blog como de um organismo vivo. pois é deleuze... no fundo, no fundo tudo é virtualidade e agenciamentos.
JCN vai fazer cócó
ResponderEliminarés um ganda tótó
Sois um iletrado, vergonha!
ResponderEliminarÉs maquinal!
ResponderEliminarPorra! Tudo ao mesmo tempo é que não!
ResponderEliminarTorque... quê?!...
ResponderEliminarVai lá torcer... para o raio que te parta! Tu é que mandas... aqui!
Quem é afinal o "TORQUE", tu ou eu?... Quem não "alinha", rua! Nada mudou!... JCN
Ó "LUA", és um(a) calhordas! Afina a linguagem! Não sejas réptil! Levanta a cabeça "ad astrra"! Entra na minha!... JCN
ResponderEliminarOs touros juntaram-se todos para marrar contra o pano vermelho. Em manada! Será caso para se dizer que "o talento ofende"?!... JCN
ResponderEliminarO senhor João Castro Nunes é um carnívoro que come porco, a sua agressividade está explicada!
ResponderEliminarDepende do tipo de porco: há porcos e porcos! Sou exigente! JCN
ResponderEliminarGosto de carne de porco... à portuguesa, mas não gosto de porcalhões nem de liras desafinadas! JCN
ResponderEliminarvai fazer merda pra Nova águia ó merdoso
ResponderEliminarquem manda aqui é Deus
ResponderEliminarSim rua!
ResponderEliminarEu sou a águia da pátria e cago em todos os animais sem asas
ResponderEliminarIncluindo tu, seguramente! JCN
ResponderEliminarPobre pátria... com águia tão cagona! JCN
ResponderEliminarSe é Deus quem manda, é de considerar! Absolutamente! JCN
ResponderEliminarA SERPE
ResponderEliminarA serpe é simplesmente repelente:
sinuosa, rastejante, sem ruído,
as vítimas ataca de repente,
bem como em metafórico sentido!
Os modos abomino da serpente:
quando menos se espera, surpreendido,
eis que ela surge sorrateiramente
sem se dar conta nem se ter ouvido!
Quando se enrosca numa criatura
seu sangue ao mesmo tempo envenenando,
é morte certa a sua mordedura!
Assim há muita gente!... simulada,
pés de veludo, os olhos espreitando
a altura para dar... a ferroada!
JOÃO DE CASTRO NUNES
JC, a resposta a isso que fizeste está no vídeo daquele anormal do DH que tem outro anormal a cantar.
ResponderEliminardh, junta-te ao clube... não se pode brincar com anónimos é sempre assim.
ResponderEliminarZona franca.
ResponderEliminarPor onde anda o rei do futebol?
Que lindo JCN, mas prefiro as palavras do meu Paulinho.
ResponderEliminarPAULO BORGES LEVA-ME CONTIGO PARA O TIBETE!
para o Tibete? Estás doida? Os chineses comem-te! A Índia é muito mais interessante...
ResponderEliminardeves ser mulher?... cremos nós!
ResponderEliminarEu auto-enrabo-me, poeticamente falando, claro! JCN
ResponderEliminarJCN? Volta! Mas que becado!
ResponderEliminarNão uses o meu nome, safardana, para as tuas "auto-enrabações"! JCN
ResponderEliminarAnda cá JCN. Dá-me um beijo.
ResponderEliminarJCN
ResponderEliminarDessa... estais bem livres, seus calhordas! JCN
ResponderEliminarOlha que não é "João Castro", mas "João de Castro". Se não te importas, para a próxima, põe lá a aristocraticazinha preposição!... Que confiança é essa?!...
ResponderEliminaro macacaco fugiu da jaula.
ResponderEliminarQuem te abriu... a porta?...
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