Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
A verdadeira beatitude divina, possível na experiência sexual humana, nada tem a ver com o orgasmo... Ou pelo menos com o que se chama orgasmo, o espasmo genital e finito. O Tantra autêntico explica isso, não o neotantrismo anedótico que está na moda na New Age e nas revistas fúteis.
A beatitude nada tem a ver com a beatice. Falo do que os indianos designam como ananda e maha-sukkha, a grande felicidade, o infinito júbilo. Quem os não deseja? São o fundo de nós mesmos e de tudo.
"Quando fizerdes o dois um (...)/ e quando/ fizerdes o macho e a fêmea um e o mesmo, a fim de que o macho não seja macho nem / a fêmea fêmea (...)/ (...) então entrareis no Reino!"
"Aquele que, permanecendo sentado, como indiferente, não é abalado pelas qualidades e que, dizendo para si próprio "são as qualidades em exercício", permanece firme e não se move, e que, igual no prazer e na dor, permanecendo em si mesmo, considera por igual uma gleba, uma pedra ou ouro, que olha como equivalentes o agradável e o desagradável, esse sábio para quem são semelhantes censura e louvor pessoais, esse que cumprimentos e desprezo deixam indiferente, que é o mesmo para com os partidos amigo ou inimigo e que renuncia a todo o empreendimento, é dele que se diz que ultrapassou as qualidades."
"O sexto grau, é quando o homem é des-formado e transformado pela eternidade divina, e alcançando um esquecimento inteiro e perfeito da vida transitória e temporal, é atraído por e transfigurado numa imagem divina, logo que se tornou numa criança de Deus. A partir daqui, não ha qualquer grau mais elevado, e aí existe a calma eterna e a beatitude, pois a finalidade do homem interior e do homem novo é a vida eterna."
A sério? Não será isso demasiado antropomórfico?
ResponderEliminarO fundo do humano é o fundo do mundo. Não me parece antropomórfico. De qualquer dos modos é só uma frase para se pensar sem compromisso ontológico.
ResponderEliminarA verdadeira beatitude divina, possível na experiência sexual humana, nada tem a ver com o orgasmo... Ou pelo menos com o que se chama orgasmo, o espasmo genital e finito. O Tantra autêntico explica isso, não o neotantrismo anedótico que está na moda na New Age e nas revistas fúteis.
ResponderEliminarAcredito. Mas... (em jeito de provocação) quem quer ser beato?
ResponderEliminarA beatitude nada tem a ver com a beatice. Falo do que os indianos designam como ananda e maha-sukkha, a grande felicidade, o infinito júbilo. Quem os não deseja? São o fundo de nós mesmos e de tudo.
ResponderEliminarQue assim seja. Infinitamente.
ResponderEliminar"Quando fizerdes o dois um (...)/ e quando/ fizerdes o macho e a fêmea um e o mesmo, a fim de que o macho não seja macho nem / a fêmea fêmea (...)/ (...) então entrareis no Reino!"
ResponderEliminarEvangelho de Tomás
"Aquele que, permanecendo sentado, como indiferente, não é abalado pelas qualidades e que, dizendo para si próprio "são as qualidades em exercício", permanece firme e não se move, e que, igual no prazer e na dor, permanecendo em si mesmo, considera por igual uma gleba, uma pedra ou ouro, que olha como equivalentes o agradável e o desagradável, esse sábio para quem são semelhantes censura e louvor pessoais, esse que cumprimentos e desprezo deixam indiferente, que é o mesmo para com os partidos amigo ou inimigo e que renuncia a todo o empreendimento, é dele que se diz que ultrapassou as qualidades."
ResponderEliminarBhagavad Guitá, XIV, 23-24-25
O nada para além do nada...
"O sexto grau, é quando o homem é des-formado e transformado pela eternidade divina, e alcançando um esquecimento inteiro e perfeito da vida transitória e temporal, é atraído por e transfigurado numa imagem divina, logo que se tornou numa criança de Deus. A partir daqui, não ha qualquer grau mais elevado, e aí existe a calma eterna e a beatitude, pois a finalidade do homem interior e do homem novo é a vida eterna."
ResponderEliminarMestre Eckhart, Tratado Sobre O Homem Nobre
"Quem detém a Grande Imagem
ResponderEliminarvai ao encontro do mundo,
sem sofrimento,
com calma e serenidade."
Laozi, O Clássico da Via e da Virtude
"(...) não há sofrimento, nem origem do sofrimento, ne extinção do sofrimento, nem caminho. Não há sabedoria, nem realização, nem não-realização."
ResponderEliminarSutra da Perfeição da Sabedoria