segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Vários poemas escritos aqui e agora e não revistos

Noite escura

Na noite escura
eis o meu luzeiro
sol de pouca dura
ou eterno agueiro?

Na noite escura
um ao outro ampara
faz do negro candura
do lixo jóia rara

Na noite escura
há uma voz que chama
queres ficar na rua
ou deitar-te na cama?

Na noite escura
que não fiquemos sós
quebremos a altura
que separa a voz.


Amoroso ensejo

Não consigo dormir
depois de te ter visto
este meu para ti ir
devia eu tê-lo previsto

Não consigo dormir
depois de te falar
eis que não vou partir
p'ra não ter de regressar

Não consigo dormir
porque tudo é transparente
e se antes estava a rir
são agora estou doente

Não consigo dormir
tal é o meu desejo
de te ter profunda a rir
dado amoroso ensejo.


Nuncas meus

Saio de madrugada
de mim perdido todo
em busca de nada
liberto-me do lodo

Pela estrada fora
vou acelerando
e se morrer agora?
morrerei caminhando

Perdido em nuncas meus
na mística da saudade
sonho com sempres teus
da mais terna idade

De tudo já liberto
ainda desacordado
p'r' o supra-ser desperto
em lucidez alucinado.

5 comentários:

  1. Homessa! Aprenda a poetar!...

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  2. Estou a aprender, estou a aprender... como quer? Rimado e ritmado, ou caótico e desalinhado ao estilo de João Darque?

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  3. Tiveram saudades minhas, não foi?

    Estes poemas são maravilhosos. Estou em estado de choque!

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  4. Tenho consciência que não são nada de especial. Não me propus a mais. Tao.

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