Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Da pátria como o estar bem
"Não estás na tua pátria? Qualquer parte em que estejas bem é pátria tua: porque o passar bem não está no lugar, está no homem" - São Martinho de Braga (Dume), Liber de Moribus (Livro dos Costumes), 3.
Estou na minha pátria, e passadas três décadas ainda me sinto vezes demais um ET. Obrigada mais uma vez pela coragem de publicar palavras tão sábias e uteis, num mundo pelos vistos tão indigente.
Todos os fenómenos da existência têm a mente como o seu supremo líder, e da mente eles são feitos. Se com uma mente impura alguém fala ou age, o sofrimento persegue-o da mesma maneira como a roda segue o casco do boi.
Todos os fenómenos da existência têm a mente como o seu supremo líder, e da mente eles são feitos. Se com uma mente pura alguém fala ou ag, a felicidade persegue-o como uma sombra que nunca o deixa.
A luz resplandece nas trevas e aniquila as trevas em momentos de dor. Em momentos de alegria, a treva resplandece na luz, treva ténue, latente, (in)circunstancial.
Respiração, caos, solidão, impulsividade, mente, luz, vacuidade, deus, buda, cristo, ETs... Tudo isto não passam de máscaras que "(des)protegem" a pátria. Quem és tu? Eu sou aquele que é...
A minha pátria é essa luz, latente, força que tudo destrói, para reconstruir - renascimento - em momentos de dor. A minha pátria é essa força. Mas a minha pátria é também o medo. A minha pátria é tudo o que penso digo e falo. És tu que toco. É tudo. Até o que é estranho. A minha pátria é a adaptabilidade. Morfose. Transmutação.
O que nasce de condições é não nascido, pois é desprovido de origem intrínseca. O que depende de condições é chamado vazio. Aquele que conhece esta vacuidade fica em paz.
A minha pátria é a não-pátria. a própria pátria é uma imagem. Nada existe: não existe coisa alguma. Errado, existe uma. Uma, com diferenciações. Deus, morfose pura. A minha pátria é a minha identidade. Não quem sou, mas o que sou. "Estar bem" - a minha pátria é o meu fim? Navalha de Ockham + epoche: tudo fica em suspenso - cepticismo: a minha pátria é insondável. A verdadeira natureza das coisas - a pátria - é insondável. A realidade última é insondável. Tudo é insondável no seu imo e a minha pátria é numémica, imo-némica. Os fenómenos são aparições. A realidade última é aparente? então a mi.. pátria é a aparência. Agora escolha: este mundo ou o outro. A minha pátria é um destes dois. A minha pátria é a vida e a morte e a transmutação e a incompreensibilidade que tenho em relação ao mundo. "O show dos marretas".
A minha pátria são os comentários conspurcados dos anónimos pois nela não há distinção entre o feio e o belo, entre o corpo imundo e a alma luminosa, entre o aroma de alfazema e a merda do esgoto.
A minha pátria é o recatamento de mim. O recatamento de mim é a ascensão cósmica - pelo espaço e tempo infinitos, a participação na eternidade. A minha pátria é a dialéctica.
O pleno gozo experimentado pelo homem e a mulher, que lhes dá a sensação de serem senhores de tudo, dotados com a total liberdade, é um puro estado de Bodhisattva.
É a confusão mental, a libertação e o sono sem sonhos. E os sonhos também. A minha pátria é a totalidade da minha experiência, para o bem e para o mal.
Desconheço a minha pátria. "I know I don't belong". "Algo que sentes mas que nunca verás". A minha maior certeza é o desconhecimento. De tudo ser crença injustificada. Tudo o que ultrapassa a experiência. E mesmo esta é perpassada pela injustificação, incerteza.
«A forma é o vazio, o vazio é a forma. o vazio nada é senão a forma, a forma nada é senão o vazio. Do mesmo modo, as sensações, as percepções, as formações mentais e a consciência são vazias. Assim, Shariputra, todos os fenómeno são vacuidade. Não têm características, não têm origem, nem fim; não são puros nem impuros. Não são perfeitos nem imperfeitos.»
não faço a mínima ideia de onde surgem. as emoções parecem ser uma resposta ao real, fenómenos. os pensamentos por vezes surgem espontaneamente como que do nada. mas algo acontece para que surjam. em ultimidade temos de parar no não-acontecer p n regredirmos ao infinito.
sabendo-me impuro aspiro a um ideal maior. sei que há. a perfeição existe como imaginação em função da não-perfeição. será a imaginação um órgão/capacidade do conhecimento, como a sensibilidade e supostamente a abstracção? Existem objectos da imaginação? Será a pátria um ob. desse tipo?
Pátria é Saúde. A Saudade é manifestação da pátria, logo da saúde. Acredito que tudo é imag(i)nação, imagens colorias e sonoras desse Imo que falas, raios luminosos brancos, vermelhos, azuis, amarelos e verdes que são a base aquilo que percepcionamos com os sentidos.
a saudade é pranto e alegria - pranto pelo que é, alegria pelo que se pensa ser. escuridão e luz. coincidencia opositorum. eternidade - projecção para o antes e o depois. projecção. desejo. ténue memória da luz na escuridão. rubro ciúme que arde no coração. forte. saudade vem de solidão, não sei se tal é o caso de "saúde". infelizmente a nossa pátria não é a saúde, tanta é a doença. a pátria é ou a verdade ou a imaginação. Se tudo é imaginação? Imaginei-me, por isso nasci. Vida: sonho vívido. "Eu sou aquele que sou", pátria "aquilo que é". O que é, o que há? Tudo.
Estou na minha pátria, e passadas três décadas ainda me sinto vezes demais um ET.
ResponderEliminarObrigada mais uma vez pela coragem de publicar palavras tão sábias e uteis, num mundo pelos vistos tão indigente.
Todos os fenómenos da existência têm a mente como o seu supremo líder, e da mente eles são feitos. Se com uma mente impura alguém fala ou age, o sofrimento persegue-o da mesma maneira como a roda segue o casco do boi.
ResponderEliminarTodos os fenómenos da existência têm a mente como o seu supremo líder, e da mente eles são feitos. Se com uma mente pura alguém fala ou ag, a felicidade persegue-o como uma sombra que nunca o deixa.
ResponderEliminar"A minha pátria é a vacuidade."
ResponderEliminarA minha pátria é a minha memória
ResponderEliminarA minha pátria é a minha respiração
ResponderEliminarDesconheço a minha pátria
ResponderEliminarA minha pátria é a solidão
ResponderEliminarA minha pátria é a perda e o abandono e a morte viva
ResponderEliminarA minha pátria é o caos, a instabilidade e a impulsividade. A minha pátria sou eu. Eu não sou eu senão a minha respiração.
ResponderEliminarA minha pátria é o mundo, o mundo é a existência.
ResponderEliminarA minha pátria é Deus, Deus é o primeiro e o único.
O único é múltiplo, diferenciado.
A minha pátria são as minhas consciências.
A verdadeira luz resplandece nas trevas, mesmo que não nos apercebamos dela.
ResponderEliminarA minha pátria é começa no meu pai e termina em Deus.
ResponderEliminarCaminho sem caminho, porque tudo é Deus.
Deus é simples porque é um e complexo porque é diferenciado.
A minha pátria é o que não sou. O outro.
A minha pátria é tudo o que está longe.
Onde não estou, "algo que sinto mas que nunca verei".
A luz resplandece nas trevas e aniquila as trevas em momentos de dor. Em momentos de alegria, a treva resplandece na luz, treva ténue, latente, (in)circunstancial.
ResponderEliminarRespiração, caos, solidão, impulsividade, mente, luz, vacuidade, deus, buda, cristo, ETs... Tudo isto não passam de máscaras que "(des)protegem" a pátria. Quem és tu? Eu sou aquele que é...
ResponderEliminarA minha pátria é essa luz, latente, força que tudo destrói, para reconstruir - renascimento - em momentos de dor. A minha pátria é essa força. Mas a minha pátria é também o medo. A minha pátria é tudo o que penso digo e falo. És tu que toco. É tudo. Até o que é estranho. A minha pátria é a adaptabilidade. Morfose. Transmutação.
ResponderEliminarA pátria é insondável. Nirguna.
ResponderEliminarPátria: terra onde quero morrer.
ResponderEliminarO que nasce de condições é não nascido, pois é desprovido de origem intrínseca.
ResponderEliminarO que depende de condições é chamado vazio.
Aquele que conhece esta vacuidade fica em paz.
A minha pátria é a não-pátria. a própria pátria é uma imagem. Nada existe: não existe coisa alguma. Errado, existe uma. Uma, com diferenciações. Deus, morfose pura. A minha pátria é a minha identidade. Não quem sou, mas o que sou. "Estar bem" - a minha pátria é o meu fim? Navalha de Ockham + epoche: tudo fica em suspenso - cepticismo: a minha pátria é insondável. A verdadeira natureza das coisas - a pátria - é insondável. A realidade última é insondável. Tudo é insondável no seu imo e a minha pátria é numémica, imo-némica. Os fenómenos são aparições. A realidade última é aparente? então a mi.. pátria é a aparência. Agora escolha: este mundo ou o outro. A minha pátria é um destes dois. A minha pátria é a vida e a morte e a transmutação e a incompreensibilidade que tenho em relação ao mundo. "O show dos marretas".
ResponderEliminarA minha pátria são os comentários conspurcados dos anónimos pois nela não há distinção entre o feio e o belo, entre o corpo imundo e a alma luminosa, entre o aroma de alfazema e a merda do esgoto.
ResponderEliminaressa vacuidade: somos pó. "Dust in the wind"
ResponderEliminarSem corpo não há mundo. Como pode o mundo vir do imundo? Pois o corpo medeia o eu e o mundo.
ResponderEliminarA minha pátria é o recatamento de mim. O recatamento de mim é a ascensão cósmica - pelo espaço e tempo infinitos, a participação na eternidade. A minha pátria é a dialéctica.
ResponderEliminarA minha pátria é algo que existe em função da minha não-pátria.
ResponderEliminarO pleno gozo experimentado pelo homem e a mulher, que lhes dá a sensação de serem senhores de tudo, dotados com a total liberdade, é um puro estado de Bodhisattva.
ResponderEliminarÉ a confusão mental, a libertação e o sono sem sonhos. E os sonhos também. A minha pátria é a totalidade da minha experiência, para o bem e para o mal.
ResponderEliminarDesconheço a minha pátria. "I know I don't belong". "Algo que sentes mas que nunca verás". A minha maior certeza é o desconhecimento. De tudo ser crença injustificada. Tudo o que ultrapassa a experiência. E mesmo esta é perpassada pela injustificação, incerteza.
ResponderEliminarA minha pátria é a verdade. A verdade é o que é desde sempre e para sempre. A minha pátria é tudo. butterfly effect.
ResponderEliminar«A forma é o vazio, o vazio é a forma. o vazio nada é senão a forma, a forma nada é senão o vazio. Do mesmo modo, as sensações, as percepções, as formações mentais e a consciência são vazias. Assim, Shariputra, todos os fenómeno são vacuidade. Não têm características, não têm origem, nem fim; não são puros nem impuros. Não são perfeitos nem imperfeitos.»
ResponderEliminarA minha pátria é um instante de solidão divina numa praia deserta, onde corre uma brisa fresca.
ResponderEliminarA minha pátria sempre foi, é e será o que está longe. E nunca lá chegarei porque o longe está sempre longe - não é um lugar.
A minha pátria são os meus estados mentais e corporais.
Para os puros, todas as coisas são puras.
ResponderEliminarA vacuidade está para lá dos fenómenos - é o Tao. Só não entendo como pode vir tudo do vazio, zero, nada.
ResponderEliminarO longe é perto e o perto é longe.
ResponderEliminarDonde surgem os pensamentos e as emoções?
ResponderEliminarA pureza é uma ténue memória que existe em função da não-pureza pessoal.
ResponderEliminarnão faço a mínima ideia de onde surgem. as emoções parecem ser uma resposta ao real, fenómenos. os pensamentos por vezes surgem espontaneamente como que do nada. mas algo acontece para que surjam. em ultimidade temos de parar no não-acontecer p n regredirmos ao infinito.
ResponderEliminarO longe é perto e o perto é longe.
ResponderEliminarO longe é perto e o perto é longe.
ResponderEliminartodos são igualmente puros e escuros e luminosos no imo.
ResponderEliminardiferentes mas o mesmo.
a humana pátria é a conjectura ou a abstenção de conjecturar.
ResponderEliminarpuro é aquele que se sabe impuro.
ResponderEliminarsabendo-me impuro aspiro a um ideal maior. sei que há. a perfeição existe como imaginação em função da não-perfeição. será a imaginação um órgão/capacidade do conhecimento, como a sensibilidade e supostamente a abstracção? Existem objectos da imaginação? Será a pátria um ob. desse tipo?
ResponderEliminardescobri. a pátria é a saudade - algo que sentes mas nunca verás. no entanto alimentas essa esperança.
ResponderEliminarpátria - "quando chego a casa frio e cansado, gosto de me recostar junto à lareira".
Pátria é Saúde. A Saudade é manifestação da pátria, logo da saúde. Acredito que tudo é imag(i)nação, imagens colorias e sonoras desse Imo que falas, raios luminosos brancos, vermelhos, azuis, amarelos e verdes que são a base aquilo que percepcionamos com os sentidos.
ResponderEliminarnão é samboghakaya estúpido! é samBHOgakaya!!!!
ResponderEliminara saudade é pranto e alegria - pranto pelo que é, alegria pelo que se pensa ser. escuridão e luz. coincidencia opositorum. eternidade - projecção para o antes e o depois. projecção. desejo. ténue memória da luz na escuridão. rubro ciúme que arde no coração. forte. saudade vem de solidão, não sei se tal é o caso de "saúde". infelizmente a nossa pátria não é a saúde, tanta é a doença. a pátria é ou a verdade ou a imaginação. Se tudo é imaginação? Imaginei-me, por isso nasci. Vida: sonho vívido. "Eu sou aquele que sou", pátria "aquilo que é". O que é, o que há? Tudo.
ResponderEliminarA doença é auto-irradiação da saúde. A doença é a saúde e a saúde é a doença. Ha que aprender a ver os raios de saúde que dão aparência à doença.
ResponderEliminarque estupidez. dizer-se que saúde = doença é confundir tudo. dor = prazer?!
ResponderEliminara minha pátria são as mulheres de sal e de cristal, estão sempre a quebrar-se e desvanecer.
ResponderEliminarO abantesma da matriz de Góis
ResponderEliminarNum quinhentista medalhão do tecto
por Luís da Silveira encomendado
a Diogo de Castilho, o arquitecto
daqueles tempos mais solicitado,
figura decepada uma cabeça
hirsuta, feia, trágica e horrenda
constituindo uma excelente peça
com nome epigrafado na legenda.
É o bíblico Holofernes, o feroz
perseguidor do povo da Judeia
a quem Judite deu um fim atroz.
Dada a similitude das feições,
quem desconhece… fica com a ideia
de ser o Holofernes de Midões!
Raça
ResponderEliminarSeja o que for que esta palavra diga
e tanta gente incomodar parece,
não me deixo levar nessa cantiga
porquanto nem me aquenta ou arrefece.
O que é verdade é que ela é muito antiga
e facilmente não desaparece;
por mim, por mais que alguém me contradiga,
sobre ela digo quanto me apetece.
Se alguém não quer ter raça, é lá com ele,
seja qual for a cor da sua pele
e a forma corporal de que disponha.
No que me diz respeito, continuo
a proclamar a raça que possuo,
sem de ser português… eu ter vergonha!
Acabem antes com os maricas fascistas do lobby verde, os toureiros não defendem nenhuma ditadura moral.
ResponderEliminarA dupla da Gitane com a filha é grande música
é preciso ser todo fudido da mente pra um só fazer estes comentarios todos
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