domingo, 30 de agosto de 2009

constância



Não tem agitação o verdadeiro desassossego

O estarmos em desacordo com o que se vê

Na vigília da continuidade

Nem é libertação nem uma iluminação súbita

Um ser humano não nasce para candeeiro

A verdadeira riqueza não está no dinheiro

Nem a pobreza autêntica precisa de prescindir

Seja do que for

Até os bons são maus por serem bons

Não há bondade que supere a liberdade do coração

Fluir e mesmo assim permanecer com tudo

Ancorar o barco no mar sem fundo

Com uma pedra solta a servir de âncora

E não saber do mar mais que a inconstante ondulação

E da terra que a firmeza inabalável está no Íntimo



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