Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Trans-Pátria - Da condição do interesse filosófico por uma nação
"Um espírito filosófico não pode interessar-se particularmente por uma nação senão quando ela lhe aparecer como condição do progresso da humanidade inteira"
Um espírito filosófico interessa-se sobretudo, penso eu, pelos outros e pelo seu desenvolvimento. Tal era o caso de Sócrates, tal é o caso do sonho que tive hoje: um eminente filósofo que tinha aberto uma escola de filosofia numa esplanada, não porque a filosofia seja conversa de café, mas porque queria dar formação filosófica a todos quantos os que a quisessem ter e tivessem a oportunidade de passar por e estar ali. Um pouco como acontece em algumas universidades francesas, segundo o que ouvi de um antigo professor.
Caro Paulo, as nações estão para morrer e o dia chegará em que existirá uma única grande nação, essa mesma, a Humanidade.
Quem? Há que ter em conta o poder mediático no início do séc. XXI e o que daí advém - a capacidade para locais muito distantes se influenciarem, com mais ou menos força (Irão, Sudão, Iraque, Afeganistão...), petições na internet, "guerras para a tv em directo" (desde o Kwait), uma sociedade cada vez mais deslocalizada e em rede.
Apesar de os nomes (de países) serem necessários, excluindo o caso da cidade em que as ruas não têm nomes (Nova Iorque), mas números, sendo aquelas ainda assim identificáveis, penso que no futuro (futurologia) o nome dos países servirá apenas para identificar uma zona (geográfica) e não um "continente" político.
Segundo esta teoria, as fronteiras políticas esvair-se-ão, simplesmente porque existirá um única política, uma única lei, ainda que essa lei seja a ausência de uma lei escrita.
Provavelmente há um moroso caminho a percorrer, mas creio que lá chegaremos e gostaria que lá chegássemos.
Mesmo que chegássemos a esse idílio, nunca poderemos esquecer o problema da necessidade do trabalho físico e mesmo intelectual, para fins de sobrevivência e de boa sobrevivência.
E tudo isto é afirmado por alguém com pouco sentido de história, mas com amor pela mesma.
Caro Nuno, a sua aspiração tem sido a de muitos homens desde sempre. A questão é que não parece haver nenhuma evolução ou progresso que automaticamente nos leve nesse sentido. Enquanto houver dualidade e véus mentais e emocionais, haverá sempre a ficção da separação entre eu e outro, nós e os outros, com todos os racismos, sexismos, nacionalismos e especismos daí resultantes, com todo o sofrimento que daí só pode advir. Cabe-nos libertar-nos disso, sermos felizes e tornarmo-nos contagiantes, como dizia Agostinho da Silva.
Isso é cada vez mais difícil nos tempos que correm e com as nações que temos... espelho dos homens que somos.
ResponderEliminarAssim como um ser é iluminado quando o mérito das suas acções é dedicado ao bem de todos os seres do Universo.
ResponderEliminarGrato pelo post.
Um espírito filosófico interessa-se sobretudo, penso eu, pelos outros e pelo seu desenvolvimento. Tal era o caso de Sócrates, tal é o caso do sonho que tive hoje: um eminente filósofo que tinha aberto uma escola de filosofia numa esplanada, não porque a filosofia seja conversa de café, mas porque queria dar formação filosófica a todos quantos os que a quisessem ter e tivessem a oportunidade de passar por e estar ali. Um pouco como acontece em algumas universidades francesas, segundo o que ouvi de um antigo professor.
ResponderEliminarCaro Paulo, as nações estão para morrer e o dia chegará em que existirá uma única grande nação, essa mesma, a Humanidade.
Um abraço, Nuno.
Também pensaram isso no final do século XIX...
ResponderEliminarQuem? Há que ter em conta o poder mediático no início do séc. XXI e o que daí advém - a capacidade para locais muito distantes se influenciarem, com mais ou menos força (Irão, Sudão, Iraque, Afeganistão...), petições na internet, "guerras para a tv em directo" (desde o Kwait), uma sociedade cada vez mais deslocalizada e em rede.
ResponderEliminarApesar de os nomes (de países) serem necessários, excluindo o caso da cidade em que as ruas não têm nomes (Nova Iorque), mas números, sendo aquelas ainda assim identificáveis, penso que no futuro (futurologia) o nome dos países servirá apenas para identificar uma zona (geográfica) e não um "continente" político.
Segundo esta teoria, as fronteiras políticas esvair-se-ão, simplesmente porque existirá um única política, uma única lei, ainda que essa lei seja a ausência de uma lei escrita.
Provavelmente há um moroso caminho a percorrer, mas creio que lá chegaremos e gostaria que lá chegássemos.
Mesmo que chegássemos a esse idílio, nunca poderemos esquecer o problema da necessidade do trabalho físico e mesmo intelectual, para fins de sobrevivência e de boa sobrevivência.
E tudo isto é afirmado por alguém com pouco sentido de história, mas com amor pela mesma.
Cumprimentos.
Penso que nunca é demais relembrar este fabuloso vídeo, já referido na Serpente, em ocasiões como esta:
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=uqKD7Bp0qsE
Chama-se "El poder en la historia".
Caro Nuno, a sua aspiração tem sido a de muitos homens desde sempre. A questão é que não parece haver nenhuma evolução ou progresso que automaticamente nos leve nesse sentido. Enquanto houver dualidade e véus mentais e emocionais, haverá sempre a ficção da separação entre eu e outro, nós e os outros, com todos os racismos, sexismos, nacionalismos e especismos daí resultantes, com todo o sofrimento que daí só pode advir. Cabe-nos libertar-nos disso, sermos felizes e tornarmo-nos contagiantes, como dizia Agostinho da Silva.
ResponderEliminarAbraço
Que bonito, o paraíso!
ResponderEliminarAndam a beber o quê?
ResponderEliminarhippies tolos
ResponderEliminarO que importa é ser contagiante.
ResponderEliminarOra aqui está algo com que posso concordar em absoluto, se é que o absoluto existe.
ResponderEliminar