quinta-feira, 16 de julho de 2009

Inconsciente do preciso instante do nascer e do morrer, do adormecer e do acordar, passas como sombra errante, inconsciente de tudo

48 comentários:

  1. sou limitado no tempo. tenho um princípio e um fim muito precisos. posso imaginar a eternidade, mas poderei senti-la?

    ResponderEliminar
  2. Como sabes que tens um princípio e fim muito precisos? Viste-te a nascer? Viste-te a morrer?

    ResponderEliminar
  3. A Vida é um contínuo. Só temos de aprender a estar sempre despertos.

    ResponderEliminar
  4. não vi. mas sei que nasci e sei que morrerei. se sou antes e depois disso não sei. conheces algo sem princípio nem fim no tempo?

    ResponderEliminar
  5. sim mas o tempo não é corpóreo ou é? as pessoas são corpóreas por evidência.

    ResponderEliminar
  6. A frase cor de laranja refere-se a este teu monólogo?

    "Nunca existi. Dissimulo-o no inteiro universo. O inteiro universo é o disfarce da minha ausência."

    "Vendo bem, não há nada a ver."

    "Estar no mundo mas não lhe pertencer. Não lhe pertencer, mas estar no mundo."

    (.......)

    ResponderEliminar
  7. Andas a ler coisas estranhas...

    ResponderEliminar
  8. O que é a evidência, Nuno?

    ResponderEliminar
  9. na maioria dos casos, ver, tocar, cheirar, compreender, etc.

    ResponderEliminar
  10. Isso é ver, tocar, cheirar, compreender, não é evidência.

    ResponderEliminar
  11. Evidência é ver por cima, o que torna tudo verdade, não é?
    Claro que é isso mesmo! Nunca duvides do que pensas.

    ResponderEliminar
  12. Talvez o que se experimenta sem se definir, o que não precisa que se diga o que é...

    ResponderEliminar
  13. claro mas de algum modo tens consciência do que experimentas. ou vês, ou tocas, ou pensas, etc.

    ResponderEliminar
  14. Amigos, encontrei n'O Livro Tibetano da Vida e da Morte uma passagem que vos poderá interessar sobre o momento quando se tem consciência de tudo:

    "Dudjom Rinpoche diz: «Nesse momento, é como se tirássemos um capuz da cabeça.Que espaço ilimitado e que alívio! É a visão suprema, em que vemos o que não podíamos ver anteriormente.» Quando isto ocorre, tudo se abre, expande e torna nítido e claro, fervilhante de vida, repleto de maravilhas e frescura, é como se, de repente, a nossa mente deixasse de ter um tecto, ou como se um bando de aves levantasse voo do seu ninho sombrio. Todas as limitações se dissolvem e desaparecem e é, dizem os Tibetanos, como se tivesse sido quebrado um selo."

    ResponderEliminar
  15. texto belo caro Kunzang mas que é tudo senão conjunto de todas as coisas? disso não posso ter consciência.

    ResponderEliminar
  16. Mas que DomJuan terrível! Sombra errante consciente de tudo e de todos os conjuntos do nascer e do morrer.

    ResponderEliminar
  17. Emaho! A consciência desperta não começa nem finda e está sempre presente!

    ResponderEliminar
  18. É aquela máquina. Enquanto se espera pelos ausentes, visita-se o cemitério...

    ResponderEliminar
  19. tempo porcóreo mas é precisamente isso que estou a dizer, o tudo não existe mas apenas as coisas particulares. e é impossível estar consciente de todas as coisas particulares.

    ResponderEliminar
  20. logo essa pretensa consciência de tudo não passa de uma pretensão.

    ResponderEliminar
  21. É impossível estar consciente das coisas particulares dos outros. Ainda bem que assim é.

    A beleza reside em não se pretender nada.

    ResponderEliminar
  22. Primeiro tirem o capuz e depois falem.

    ResponderEliminar
  23. aurora, por este andar ainda faço de ti um entardecer

    ResponderEliminar
  24. "A infância persegue a velhice, a aurora persegue a noite. Persegue a noite e há-de alcançá-la e dissolver-lhe todas as sombras; e a noite será dia! Também a infância há-de alcançar o pobre tolo; e o pobre tolo há-de ser, outra vez, um anjo."

    ResponderEliminar
  25. A "luz" é um "som negativo"?

    ResponderEliminar
  26. A pergunta é séria, não estou a gozar.

    ResponderEliminar
  27. dedico-te
    'lá vai a menina aurora, toda gingona a navegar, vai aproar a petita às petingas para o jantar'

    duas traineiras, petinga = sardinha

    ResponderEliminar
  28. Olha, informo-te que estou aqui para aprender e não acho bem esses tons sarcásticos quando do fundo da alma, finalmente emerge uma questão pertinente, a qual eu gostaria de ver respondida, perceves?
    Estou a descobrir que tenho consciência e isso angustia-me. E vocês, em vez de andarem por aí de máquina fotográfica ao pescoço a fotografar a ignorância alheia como método de estudo da estupidez de quem se agarra à vida, deviam ter a seriedade de revelar que há outra vida possível e mostrar o caminho da fé e da esperança.
    Não é a falar constantemente em traineiras e seus conteúdos piscatórios que se fazem sermões aos peixes. Ainda por cima, petingas e sardinhas quando o mar está cheio de especiarias.Esta forma de diálogo leva ao desespero, a más relações com o próximo e à desistência da procura da submissão na oração. Espero que tenham compreendido que aqui há sofrimento e que pode ser minorado e até evitado se se tornarem infinitamente pequenos e responderem às minhas questões.

    ResponderEliminar
  29. Nuno Maltez, o que é evidente é a superfície onde sempre patina o diabólico, o mundo sensível. Não dá para acreditar em superfícies que por si só se esgotam. O que é finito está eternamente morto e seca enrolado na própria esterilidade feita de temporalidades e pretensas convicções.
    Por outro lado, o pulso do que não existe, toma-se pelo que existe. Não há outra hipótese de sentir as pulsações... Precisa-se da superfície, o que é aterrador.
    Prefiro ser sombra errante.

    ResponderEliminar
  30. rebocador disse, muito bem. muitos gostam dos peixes 'betinhos' (salmonetes, linguados, percebes), mas nós gostamos é da sardinha a saltar vivinha. há mais filosofia numa sardinha a pingar no pão, do que em toda a obra kantiana.
    (sardinhas ao pequeno almoço é muito bom, com um tinto.)
    respondi? caso contrário encontramo-nos no portinho da arrábida para comer sardinhas e contemplar o mundo.

    ResponderEliminar
  31. Lord Baal

    Grata pela sua brejeirice tardia.

    Não sou muito dada às petingas (mais uma vegetariana, viva o PPA!Precisariamos de um partido dos animais para defender os animais?), mas certamente que navego gingona e que suspiro por traineirar por aí!Ao amanhecer e ao entardecer.

    ResponderEliminar
  32. aurora celeste, os peixes não são animais sencientes por isso podemos comê-los, tal como às lagostas e ao caviar (só para alguns) peter singer dixit

    ResponderEliminar
  33. Peter Singer diz o contrário disso! Já viram uma lagosta a ser cozida viva e a tentar fugir da panela?... Não deturpemos para agradar ao estômago.

    ResponderEliminar
  34. o contrário? não é arbritário sustentar que a vida de um ser consciente de sí de si, capaz de pensamento abstracto, de planear o futuro ou de comunicar de forma abstracta é mais valiosa do que a vida de um ser desprovido destas capacidades. p. singer
    sobre o assunto ver críticas regan a p. singer., confirmar ecossistemas.

    confirmar igualmente great ape project e ligação mamiferos senciência.

    ResponderEliminar
  35. Singer nunca disse que os peixes e os crustráceos não são sencientes. Pelo contrário: deixou-os de comer por causa disso. É disso que falo, não das várias formas de ser senciente.

    ResponderEliminar
  36. Livro Ti Betano da Vida e da Morte, o tanas! Basta-vos um de culinária!

    ResponderEliminar
  37. penso como singer que existem graus de senciência,também de sofrimento. coma na vida humana. infelizmente

    ResponderEliminar
  38. Sugiro que nos fiquemos pelos petiscos e entradas tipo um copo de três, ou cinco ou mais, e tremoços. Se a fome apertar, frutos secos e claro, batatas fritas!!

    Sim a dor é um factor cósmico. Mas cantemos, amigo, cantemos!

    ResponderEliminar
  39. aurora em tempos que não os teus, cálculo. dizia-se que os tremoços erm o 'marisco do eusébio'. vida complicada. fiquemos pelos copos de três. saúde.

    ResponderEliminar
  40. Percebi à primeira. Não te esforces. Azar o teu. Cantemos!

    ResponderEliminar
  41. Essência e forma e a forma só reveste...
    Mas revestindo expressa a essência
    limitando-a ao tempo...
    mas não deixa de ser essência.
    Caso se a entenda como consciência...
    E não baunilha ou chocolate...

    ResponderEliminar
  42. A ironia é formativa.

    ResponderEliminar