Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Inconsciente do preciso instante do nascer e do morrer, do adormecer e do acordar, passas como sombra errante, inconsciente de tudo
Amigos, encontrei n'O Livro Tibetano da Vida e da Morte uma passagem que vos poderá interessar sobre o momento quando se tem consciência de tudo:
"Dudjom Rinpoche diz: «Nesse momento, é como se tirássemos um capuz da cabeça.Que espaço ilimitado e que alívio! É a visão suprema, em que vemos o que não podíamos ver anteriormente.» Quando isto ocorre, tudo se abre, expande e torna nítido e claro, fervilhante de vida, repleto de maravilhas e frescura, é como se, de repente, a nossa mente deixasse de ter um tecto, ou como se um bando de aves levantasse voo do seu ninho sombrio. Todas as limitações se dissolvem e desaparecem e é, dizem os Tibetanos, como se tivesse sido quebrado um selo."
tempo porcóreo mas é precisamente isso que estou a dizer, o tudo não existe mas apenas as coisas particulares. e é impossível estar consciente de todas as coisas particulares.
"A infância persegue a velhice, a aurora persegue a noite. Persegue a noite e há-de alcançá-la e dissolver-lhe todas as sombras; e a noite será dia! Também a infância há-de alcançar o pobre tolo; e o pobre tolo há-de ser, outra vez, um anjo."
Olha, informo-te que estou aqui para aprender e não acho bem esses tons sarcásticos quando do fundo da alma, finalmente emerge uma questão pertinente, a qual eu gostaria de ver respondida, perceves? Estou a descobrir que tenho consciência e isso angustia-me. E vocês, em vez de andarem por aí de máquina fotográfica ao pescoço a fotografar a ignorância alheia como método de estudo da estupidez de quem se agarra à vida, deviam ter a seriedade de revelar que há outra vida possível e mostrar o caminho da fé e da esperança. Não é a falar constantemente em traineiras e seus conteúdos piscatórios que se fazem sermões aos peixes. Ainda por cima, petingas e sardinhas quando o mar está cheio de especiarias.Esta forma de diálogo leva ao desespero, a más relações com o próximo e à desistência da procura da submissão na oração. Espero que tenham compreendido que aqui há sofrimento e que pode ser minorado e até evitado se se tornarem infinitamente pequenos e responderem às minhas questões.
Nuno Maltez, o que é evidente é a superfície onde sempre patina o diabólico, o mundo sensível. Não dá para acreditar em superfícies que por si só se esgotam. O que é finito está eternamente morto e seca enrolado na própria esterilidade feita de temporalidades e pretensas convicções. Por outro lado, o pulso do que não existe, toma-se pelo que existe. Não há outra hipótese de sentir as pulsações... Precisa-se da superfície, o que é aterrador. Prefiro ser sombra errante.
rebocador disse, muito bem. muitos gostam dos peixes 'betinhos' (salmonetes, linguados, percebes), mas nós gostamos é da sardinha a saltar vivinha. há mais filosofia numa sardinha a pingar no pão, do que em toda a obra kantiana. (sardinhas ao pequeno almoço é muito bom, com um tinto.) respondi? caso contrário encontramo-nos no portinho da arrábida para comer sardinhas e contemplar o mundo.
Não sou muito dada às petingas (mais uma vegetariana, viva o PPA!Precisariamos de um partido dos animais para defender os animais?), mas certamente que navego gingona e que suspiro por traineirar por aí!Ao amanhecer e ao entardecer.
o contrário? não é arbritário sustentar que a vida de um ser consciente de sí de si, capaz de pensamento abstracto, de planear o futuro ou de comunicar de forma abstracta é mais valiosa do que a vida de um ser desprovido destas capacidades. p. singer sobre o assunto ver críticas regan a p. singer., confirmar ecossistemas.
confirmar igualmente great ape project e ligação mamiferos senciência.
Singer nunca disse que os peixes e os crustráceos não são sencientes. Pelo contrário: deixou-os de comer por causa disso. É disso que falo, não das várias formas de ser senciente.
Sugiro que nos fiquemos pelos petiscos e entradas tipo um copo de três, ou cinco ou mais, e tremoços. Se a fome apertar, frutos secos e claro, batatas fritas!!
Sim a dor é um factor cósmico. Mas cantemos, amigo, cantemos!
Essência e forma e a forma só reveste... Mas revestindo expressa a essência limitando-a ao tempo... mas não deixa de ser essência. Caso se a entenda como consciência... E não baunilha ou chocolate...
sou limitado no tempo. tenho um princípio e um fim muito precisos. posso imaginar a eternidade, mas poderei senti-la?
ResponderEliminarComo sabes que tens um princípio e fim muito precisos? Viste-te a nascer? Viste-te a morrer?
ResponderEliminarA Vida é um contínuo. Só temos de aprender a estar sempre despertos.
ResponderEliminarnão vi. mas sei que nasci e sei que morrerei. se sou antes e depois disso não sei. conheces algo sem princípio nem fim no tempo?
ResponderEliminarsim, o tempo
ResponderEliminarsim mas o tempo não é corpóreo ou é? as pessoas são corpóreas por evidência.
ResponderEliminarA frase cor de laranja refere-se a este teu monólogo?
ResponderEliminar"Nunca existi. Dissimulo-o no inteiro universo. O inteiro universo é o disfarce da minha ausência."
"Vendo bem, não há nada a ver."
"Estar no mundo mas não lhe pertencer. Não lhe pertencer, mas estar no mundo."
(.......)
Andas a ler coisas estranhas...
ResponderEliminarO que é a evidência, Nuno?
ResponderEliminarna maioria dos casos, ver, tocar, cheirar, compreender, etc.
ResponderEliminarIsso é ver, tocar, cheirar, compreender, não é evidência.
ResponderEliminartudo bem. o que é evidência?
ResponderEliminarEvidência é ver por cima, o que torna tudo verdade, não é?
ResponderEliminarClaro que é isso mesmo! Nunca duvides do que pensas.
Talvez o que se experimenta sem se definir, o que não precisa que se diga o que é...
ResponderEliminarclaro mas de algum modo tens consciência do que experimentas. ou vês, ou tocas, ou pensas, etc.
ResponderEliminarAmigos, encontrei n'O Livro Tibetano da Vida e da Morte uma passagem que vos poderá interessar sobre o momento quando se tem consciência de tudo:
ResponderEliminar"Dudjom Rinpoche diz: «Nesse momento, é como se tirássemos um capuz da cabeça.Que espaço ilimitado e que alívio! É a visão suprema, em que vemos o que não podíamos ver anteriormente.» Quando isto ocorre, tudo se abre, expande e torna nítido e claro, fervilhante de vida, repleto de maravilhas e frescura, é como se, de repente, a nossa mente deixasse de ter um tecto, ou como se um bando de aves levantasse voo do seu ninho sombrio. Todas as limitações se dissolvem e desaparecem e é, dizem os Tibetanos, como se tivesse sido quebrado um selo."
texto belo caro Kunzang mas que é tudo senão conjunto de todas as coisas? disso não posso ter consciência.
ResponderEliminarMas que DomJuan terrível! Sombra errante consciente de tudo e de todos os conjuntos do nascer e do morrer.
ResponderEliminarEmaho! A consciência desperta não começa nem finda e está sempre presente!
ResponderEliminarÉ aquela máquina. Enquanto se espera pelos ausentes, visita-se o cemitério...
ResponderEliminartempo porcóreo mas é precisamente isso que estou a dizer, o tudo não existe mas apenas as coisas particulares. e é impossível estar consciente de todas as coisas particulares.
ResponderEliminarlogo essa pretensa consciência de tudo não passa de uma pretensão.
ResponderEliminarÉ impossível estar consciente das coisas particulares dos outros. Ainda bem que assim é.
ResponderEliminarA beleza reside em não se pretender nada.
Primeiro tirem o capuz e depois falem.
ResponderEliminaraurora, por este andar ainda faço de ti um entardecer
ResponderEliminarPor quê?
ResponderEliminar"A infância persegue a velhice, a aurora persegue a noite. Persegue a noite e há-de alcançá-la e dissolver-lhe todas as sombras; e a noite será dia! Também a infância há-de alcançar o pobre tolo; e o pobre tolo há-de ser, outra vez, um anjo."
ResponderEliminarA "luz" é um "som negativo"?
ResponderEliminarA pergunta é séria, não estou a gozar.
ResponderEliminardedico-te
ResponderEliminar'lá vai a menina aurora, toda gingona a navegar, vai aproar a petita às petingas para o jantar'
duas traineiras, petinga = sardinha
Olha, informo-te que estou aqui para aprender e não acho bem esses tons sarcásticos quando do fundo da alma, finalmente emerge uma questão pertinente, a qual eu gostaria de ver respondida, perceves?
ResponderEliminarEstou a descobrir que tenho consciência e isso angustia-me. E vocês, em vez de andarem por aí de máquina fotográfica ao pescoço a fotografar a ignorância alheia como método de estudo da estupidez de quem se agarra à vida, deviam ter a seriedade de revelar que há outra vida possível e mostrar o caminho da fé e da esperança.
Não é a falar constantemente em traineiras e seus conteúdos piscatórios que se fazem sermões aos peixes. Ainda por cima, petingas e sardinhas quando o mar está cheio de especiarias.Esta forma de diálogo leva ao desespero, a más relações com o próximo e à desistência da procura da submissão na oração. Espero que tenham compreendido que aqui há sofrimento e que pode ser minorado e até evitado se se tornarem infinitamente pequenos e responderem às minhas questões.
Nuno Maltez, o que é evidente é a superfície onde sempre patina o diabólico, o mundo sensível. Não dá para acreditar em superfícies que por si só se esgotam. O que é finito está eternamente morto e seca enrolado na própria esterilidade feita de temporalidades e pretensas convicções.
ResponderEliminarPor outro lado, o pulso do que não existe, toma-se pelo que existe. Não há outra hipótese de sentir as pulsações... Precisa-se da superfície, o que é aterrador.
Prefiro ser sombra errante.
rebocador disse, muito bem. muitos gostam dos peixes 'betinhos' (salmonetes, linguados, percebes), mas nós gostamos é da sardinha a saltar vivinha. há mais filosofia numa sardinha a pingar no pão, do que em toda a obra kantiana.
ResponderEliminar(sardinhas ao pequeno almoço é muito bom, com um tinto.)
respondi? caso contrário encontramo-nos no portinho da arrábida para comer sardinhas e contemplar o mundo.
PARGO!
ResponderEliminarbranco ou mulato?
ResponderEliminarbarranco
ResponderEliminarLord Baal
ResponderEliminarGrata pela sua brejeirice tardia.
Não sou muito dada às petingas (mais uma vegetariana, viva o PPA!Precisariamos de um partido dos animais para defender os animais?), mas certamente que navego gingona e que suspiro por traineirar por aí!Ao amanhecer e ao entardecer.
aurora celeste, os peixes não são animais sencientes por isso podemos comê-los, tal como às lagostas e ao caviar (só para alguns) peter singer dixit
ResponderEliminarPeter Singer diz o contrário disso! Já viram uma lagosta a ser cozida viva e a tentar fugir da panela?... Não deturpemos para agradar ao estômago.
ResponderEliminaro contrário? não é arbritário sustentar que a vida de um ser consciente de sí de si, capaz de pensamento abstracto, de planear o futuro ou de comunicar de forma abstracta é mais valiosa do que a vida de um ser desprovido destas capacidades. p. singer
ResponderEliminarsobre o assunto ver críticas regan a p. singer., confirmar ecossistemas.
confirmar igualmente great ape project e ligação mamiferos senciência.
Singer nunca disse que os peixes e os crustráceos não são sencientes. Pelo contrário: deixou-os de comer por causa disso. É disso que falo, não das várias formas de ser senciente.
ResponderEliminarLivro Ti Betano da Vida e da Morte, o tanas! Basta-vos um de culinária!
ResponderEliminarpenso como singer que existem graus de senciência,também de sofrimento. coma na vida humana. infelizmente
ResponderEliminarSugiro que nos fiquemos pelos petiscos e entradas tipo um copo de três, ou cinco ou mais, e tremoços. Se a fome apertar, frutos secos e claro, batatas fritas!!
ResponderEliminarSim a dor é um factor cósmico. Mas cantemos, amigo, cantemos!
aurora em tempos que não os teus, cálculo. dizia-se que os tremoços erm o 'marisco do eusébio'. vida complicada. fiquemos pelos copos de três. saúde.
ResponderEliminarPercebi à primeira. Não te esforces. Azar o teu. Cantemos!
ResponderEliminarEssência e forma e a forma só reveste...
ResponderEliminarMas revestindo expressa a essência
limitando-a ao tempo...
mas não deixa de ser essência.
Caso se a entenda como consciência...
E não baunilha ou chocolate...
A ironia é formativa.
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