sábado, 11 de julho de 2009

Ergue-te na noite, despido de ti e do mundo! E canta uma vitória nua, sem vencidos, nem vencedores, nem testemunhas.

26 comentários:

  1. Já fiz isto algumas vezes. Soube-me lindamente.

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  2. Quem canta vitórias é porque venceu, mestre. A frase está mal estruturada.

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  3. cantarei na soledad?11 de julho de 2009 às 22:48

    ergue-te na solidão.

    vence na solidão.

    vence a solidão na solidão.

    sê a solidão.

    cobre-te de treva.

    não estejas.

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  4. veste-te de júbilo.

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  5. A minha lanterna é de mineiro!

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  6. tenho as luzes apagadas.

    está-se bem na escuridão.

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  7. E está. Os olhos enganam-te. Dizem-te como as coisas tentam ser... A luz atrapalha a visão.

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  8. e nós tentamos ser, à luz, o que os olhos querem ver.

    erro crasso. e é um grande combate lutar contra ele.

    talvez seeja o que os cristãos chamam de soberba, a vaidade.

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  9. Não me faças rir mais...

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  10. "Tudo o que não é ser Santo, é não ser..."
    Pe. António Vieira

    Em que ficamos?

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  11. «despido de ti e do mundo!» como seria libertador conseguir despir-me de mim e do mundo, dos medos ilusórios que me asfixiam, dos desejos que me aprisionam, da crítica e do elogio que me ofuscam, ... despir-me dos véus que me fazem viver. Quando morrer, então sim, cantarei a vitória.
    Grato:)

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  12. Não sei.
    É ser Deus pessoalmente?

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  13. não sei o que é ser Deus pessoalmente. é ser Deus? o que é ser Deus?

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  14. Paulo, não resisto a comentar este teu post.
    É que uma das coisas que considero mais difícieis é libertar-me do "complexo do espectador", o estar sempre a agir e a pensar em função do que os outros pensem acerca disso, como se estivesse sempre a ser observado, para ser aprovado ou desaprovado.
    Acho importante o erguermo-nos, porque a nossa mais vera natureza exije de nós o mais profundo respeito, mas isso não significa querermos estar mais alto do que qualquer um.
    E o mundo é o nosso avesso, a capa mais coerciva do nosso ego. O pequeno escravo da insuficiência.
    Quanto à vitória, entendo-a apenas como o deixar fluir da Força (Vis)que nada pode conter, nós próprios, na nossa insuficiência egótica, nem o mundo, na sua inconsistência ôntica.
    É o que eu entendo por perdão: per-donare (não sei se está bem escrito, mas para as urtigas o que quer que isso queira significar), ou seja, dar em torno, deixar que o que advém se espalhe em redor, como as sementes da mão calejada do semeador, mão capaz de colher, e com isso sofre as agruras do trabalho incessante, mas mão que consegue afagar, e só os raros sabem o sabor dos afagos das mãos torturadas (lembro-me do meu avô materno) pelas agruras da vida: dão sem quererem nada em troca.
    :)

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  15. Um santo verdadeiro é um palhaço triste que, na tentativa de amar o que julga ser Deus, torna-se Deus à imagem e semelhança do que julga ser um humano perfeito, isto é, total; consistente; forte; cósmico; profundo; isento de ego e, por isso, competente com todos os cactos e urtigas que magistralmente envolve em faixas de perdão para amortizar a aceitação do que possa ser execrável; soberbo de paciência e misericórdia para com o seu semelhante que não considera seu semelhante, mas um meio de progressão da Virtude, se possível levada ao limite; livre porque não ama mais do que Deus que, no fundo, é ele próprio e portanto em franco desapego com o resto do Universo a que ele chama Amor porque é fácil amar seres distantes na ideia de nós… E inscreve o seu nome a sangue frio num céu em ruínas que acredita, um dia, desabará para o salvar.

    Depois há os outros santos que não são verdadeiros, mas nomeados por alguém a quem foi conferida a capacidade de nomear… Rótulos acrescentados tardiamente no epitáfio porque os anos vestem a memória de fantasia…

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  16. Falas bem mas apenas falas bem, porque falas de fora. Não há verdade, só talento, no que dizes.

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  17. Caro Paulo,

    São momentos raros na minha vida, se é que posso dizer com clareza e firmeza que, de facto, existiram.

    Mas tenho sempre alguma dificuldade em juntar as duas coisas num só momento.

    Explico:
    Sinto que, por vezes, me consegui despir de mim, embora não me tenha despido do mundo. E, outras vezes, despida do mundo, não me despi de mim mesma...

    Para dizer a verdade, as minhas maiores vitórias foram nuas, nesse sentido fabuloso que escreveu. Sem vencidos, sem testemunhas, sem vencedores.
    São as únicas que sei reconhecer em toda a minha vida.

    Grata pelas palavras que deixou*

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  18. Grato eu, cara Sereia, pela sua partilha do essencial.

    Saudações

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  19. Partilhar sem testemunhas. Ninguém a ver... Também é muito bonito.

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