quarta-feira, 22 de julho de 2009

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A brisa num poema

A tarde delicada em alfazema

Todas as palavras são incertas

As frases no imenso estão desertas

O silêncio a verdade impura

A escultura de mim no mármore da escrita

Soltura de versos abertos

No fogo da expiação da loucura

Ilusão ou impiedade maldita

Todos os erros na errância são certos

Como de purpurinas inconstantes

Nos enfeita o desejo

Como se ajeita a perdição dos errantes

Tão certa tão ritmada com o vagar das estrelas

Que todo o mundo se perde por um beijo

E a vida toda toda acesa por demais

As saudades e os cadernos de folhas amarelas

Partir partir sem a completude de um cais

São desiguais os dias todos tão iguais

Perdem-se as alegrias por medo de perdê-las

4 comentários:

  1. "Perdem-se as alegrias por medo de perdê-las": certeiro!

    Abraço

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  2. "Todas as palavras são incertas

    As frases no imenso estão desertas"

    Gosto.

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  3. "São desiguais os dias todos tão iguais"

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  4. "Ilusão ou impiedade maldita"

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