terça-feira, 23 de junho de 2009

Se nada é novo, e o que hoje existe
Sempre foi, por falha a nossa mente
E, se esforçando por criar, insiste,
Parindo o mesmo filho novamente!

Que do passado houvesse uma mensagem,
Já com mais de quinhentas translações,
Mostrando em livro antigo a sua imagem
Quando a escrita mal tinha convenções!

Para eu ver o que então diria o mundo
Da maravilha dessa sua forma;
Se nós ou eles vamos mais ao fundo,

Ou se a revolução nada reforma.
Estou certo que os sábios do passado
A alvo pior tenham louvado.


William Shakespeare, soneto (59)


2 comentários:

  1. "Que fazes? Em vez de palavras de consolo,
    propicías ao olvido, apaziguantes,
    Remexes no passado,
    Evocando mais males que bens,
    Ensombrando a um tempo
    Com o brilho do presente
    Também a luz
    Ténue da esperança no futuro."

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  2. Ah Ah Ah Ah
    Propiciei mal o acento!

    Ah Ah Ah Ah

    Ah Ah Ah Ah

    (Coro em dó menor)

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