Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Relendo Céline com Pacheco
Fonte: imagem Google
Não há nada mais terrível dentro de nós e sobre a terra e, talvez até, nos céus, do que aquilo que ainda não foi dito.
Só ficaremos de todo tranquilos quando tudo tiver sido dito, dito duma vez para sempre; só então tudo estará em silêncio, ninguém mais terá medo de se calar.
Céline,“A Viagem ao Fim da Noite”,
citado por Luiz Pacheco, in “Crítica de Circunstância”,
Editora Ulisseia, Lisboa, 1966, pág. 85
Este excerto, em mim ressoou. A intranquilidade que em nós habita por não termos dito tudo aquilo que queríamos dizer, é de facto a 'perseguição' do homem na sombra. É nesta viagem, que nos é concedida, neste tempo, que erigimos a descoberta e do 'dito e do não-dito'; a procura até ao derradeiro instante.
ResponderEliminarGrata pela partilha.
Tenho tantas Saudades
ResponderEliminarComo areia tem o mar
Tantas, tantas, Saudades
Que não as posso contar...
(pingando, lenta, cada tecla do piano)
Sei que está desajustado ao tema.
ResponderEliminarTexto belíssimo que pode ser usado para falar da liberdade de expressão e da necessidade de expressão.
ResponderEliminarExpressa-te no penico.
ResponderEliminarInfelizmente não escrevi a quadra que postei. Não sei quem a escreveu. Ouvi-a a ser cantada por um tenor do coro do Teatro Nacional de S. Carlos há uns anos atrás, acompanhado ao piano e... comoveu-me sim.
ResponderEliminarO que ainda não foi dito! É esse que tardará o SiLêncio; É talvez Isso de que têm medo, os que em Silêncio, silenciam a Palavra. E a Palavra é o que Adorna. Porque, para os Guaranis, o Verbo, a Alma e a Palavra são o nascido para Sempre. O Agora da fala! O Eterno Nascido!
ResponderEliminarVocês são o máximo. Isto é o que eu chamo de um verdadeiro bailinho. É só apontar livrinhos de gaiola e lá vem a ração toda preparadinha cheia de ingredientes psicológicos... É ou não é? Ah! É capaz de ser! Talvez não seja. Mas será que foi de propósito? Não pode ser, as palavras falam por si.
ResponderEliminarVês, vês? A gente sabe o que ela própria não sabe? E o que será? Não sabemos! Ela recusa-se a ser. Não, não, ela não é. Ai, é, é. Será? deixa ver que mais diz e o que lê...
Que confusão, não?
Mas não deixam de ser uma raça gira de estudar!
Desenvolver uma tese, sei lá...
ResponderEliminar"De palavrão em palavrão descobre a menina o papão." - por exemplos!
ResponderEliminarÉ terrível. É mesmo terrível dentro de nós a silenciar com medo de se calar!
ResponderEliminarAndapacheco? Deixó tar!
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