Um círculo de sangue
Ínfimo entre a noite e o dia.
Nem sombras
Nem sonhos:
Rumor de salitre
Laminando os olhos
(Microscópico alvitre)
Antes do silêncio.
Mas antes do silêncio.
A palavra com voz,
Um símbolo no termo
Da luz petrificando
A teia
No labor de aranha.
Um círculo de morte
Suspendendo o sangue.
bons olhos te leiam.
ResponderEliminarHá que séculos não davas sinal de vida.
Ontem estive com Maria na Arena de Évora, ouvindo música de Cabo-Verde.
encontrámo-nos por acaso. Como sempre.
Bom trabalho - abraço
Grato, grato. Como vão as rosas?
ResponderEliminarOs pais aconselham bem os filhos. Os pais dizem aos filhos para não se deixarem entusiasmar pelas suas fantasias pois sabem, talvez por experiência própria, que quando as crianças são expostas durante muito tempo a efeitos mágicos, começam a acreditar em feiticeiros. Isso perturba. O espírito é sobrealimentado por visões virtuais, o que interfere com a possibilidade de poder lidar eficientemente com a realidade. Uma vida rica de fantasia fecha a realidade à chave, impossibilitando-a. Não é uma coisa boa.
ResponderEliminarTambém instigar a confiança com eloquentes cuidados maternos compondo e recompondo a imagem pode parecer bem, mas não deixa de ser outra fraude, não é verdade?
Indubitavelmente tudo tende à frustração porque tudo parece, mesmo quando é… O pé é uma pata; o sapato é um tamanco; o sol é uma cartoolina recortada, sem fogo dentro; a caneta de ouro não passa de um pau de escrever na areia, aquela de que tenho tantas saudades…
Não há implante de espírito que me valha. Não há cruz nem rosa porque o símbolo se tornou tangível e perdeu-se.