domingo, 1 de março de 2009

MÓBILE


reprodução

Móbile (1941), de Alexander Calder


MÓBILE


Marcilio Medeiros

areias seguem calcanhares
nômades anônimos
ampulheta fraturada

pela direção dos ventos
levados refazendo-se

é dia pela claridade
grãos que caminham
retirando os passos

3 comentários:

  1. Belo poema, contido, conciso, tal como a delicada imagem.

    ResponderEliminar
  2. Muito belo, Marcílio,
    agradeço estas areias nómadas
    seguindo os passos
    retirando-os, seguindo
    ampulheta por onde o tempo se sume. Sim.

    ResponderEliminar