New Dawn Fades - Joy Division
Acendes-te, Escreves-te e Apagas-te!
As ruas de Lisboa estão cheias de buracos.
A gangrena está de pedra e cal.
As auto estradas também se cruzam e desenfiam.
O Eu é a carcaça que carregas para pagar a portagem.
Alguém apita e grita:
- Vá senhora! Toca a circular, não empate o trânsito!
Arrancas...ARRAAANCAS-Te!
Acendes-te, Escreves-te e Apagas-te!
Saltas, cais, repetes-te, és a agulha num risco do disco antigo. Sabes, aquele de vinil?
A luz nem sempre viaja em linha recta.
E o círculo é um beco onde te consomes e esperas,
O toque para o final do tempo.
Ana, the Twat, Moreira
Um filme onde podemos encontrar um pouco da história de bandas e personagens que marcam uma vida. Ainda em Janeiro revi o filme.
ResponderEliminar"O círculo é um beco onde te consomes e esperas,/ O toque para o final do tempo."
ResponderEliminarNovidade e entropia feitas poesia num beco circular: tempo que toca a rebate o que nos toca sem tempo.
Grato, Ana!
Olha, a Serpente desengasgou-se...
ResponderEliminarTransmuda-te, Serpente! É a Hora!
ResponderEliminarCaro Lapdrey,
ResponderEliminarGosto do verbo consumir. Não pelas razões obviamente quotidianas do dicionário da economia de mercado.
Consumir - gastar; destruir; obliterar;(fig.)mortificar-se; ralar-se; atormentar-se. Gosto dessa proximidade inconsciente do verbo consumar: Terminar; praticar; aperfeiçoar.
Digo inconsciente porque gastar, destruir ou obliterar é, de certa forma, a mesma coisa que terminar sem se dar conta que algo se aperfeiçoou, que houve uma prática.
Confesso que hesitei entre empregar um ou o outro. Ganhou o primeiro, porque reconheci a imensa ignorância que me consuma...porque as Práticas, por vezes, também são mortificações.
Porque só posso, só sei falar de mim. Afinal este tu ainda sou eu.
Estafermococus,
Aliás um nickname brilhante! O filme é verdadeiramente um retrato de uma época. As bandas também marcaram a minha vida!
Deixo aqui para si, e para todos os que queiram ver, esta cena imperdível:
-Tony Wilson vê Deus-
http://www.youtube.com/watch?v=5JfXzvCrn9c&feature=related
Aquilo que eu realmente adoro nesta passagem é a explicação para o facto de Deus nesta aparição ser um duplo dele ( Tony Wilson ). É uma preciosidade, um ovo de Colombo.
Amigo:
Gostei de amigo com A.
Anónimo: A serpente não se engasga ...Consuma-se!
Saúde, Ana! Já tinha saudades do teu espírito e de te ver por aqui!
ResponderEliminarAna, imaginei-te dentro de um carro a tomar notas destas ocorrências musicopsicogeográficas. Foi um flash. Um flash acende-se e apaga-se e fica escrito.
ResponderEliminarNão cheguei a ver o disco, não senhora. Mas vi o circulo, e nesse beco circular encontrei uma paz atemporal. É que tocou.
Sorrio-te.