Senhor, se o cálice é para mim, se é para ser bebido, que o tornes amargo e insuportável aos sentidos, assim me lembrarás o que sou. Torna-o, pois, Senhor, de vagaroso beber, para que não precises de recordar-me tantas vezes o quão imperfeito sou. Se o cálice é para ser por mim bebido, deixa-me deitar-lhe fogo, assim me lembrarei de mais alguns males que tenha provocado. Se o Cálice, Senhor, está vazio (o que duvido), deixa-me enchê-lo de beijos, assim verás como o engano é doce, e a Serpente astuta. Se não é para ser bebido o que o cálice contém, para que me enganas com o oferecer-mo?
Se o Cálice é Silêncio, oculto até no seu revelar, porque o procuramos sem cessar, para o fazer calar...Aqui é Silêncio porque simplesmente não sei a resposta. Nem a poderia saber, sob o risco do cálice não ser o Cálice.
lindo. lindo lindo...
ResponderEliminarmaisha,
ResponderEliminarNão a conheço bem, ainda não tive tempo, pois poucos foram os comentários que aqui tem deixado, mas agradeço as suas palavras. Posso dizer-lhe com toda a sinceridade, que também acho lindo!
E se assim for para as duas (mesmo que só para uma fosse, já será lindo isso que é para ambas lindo.
Um abraço, maisha
No Silêncio do Sem Nome - que diz palavras indizíveis a quem saiba silenciar(-se) - abre-se a corola do Cálix da Rosa que cruza, ao fogo de Excalibur, o coração do guerreiro que na luz a treva poete, exangue de amor ao Amor, esse mesmo de que, falando e escrevendo-se, Luiz Vaz foi eterno cantor, morrendo de seu mesmo nascer...
ResponderEliminarEu procuro o cálice. Preciso dele para me ocultar. Para nele arder, para nele me fulminar. Mas outras vezes penso, não é o mundo o cálice? E o cálice é a pira transfigurada?
ResponderEliminarAi como o procuro! Confessar isto demora...