Durante três noites escutei o canto do pássaro. Poisado no parapeito da janela ou no fio do estendal, não sei, o pássaro veio prenunciar-te sob a forma de um encanto. Três dias volvidos e apareces-me assim. Foi ao passar por entre as folhas, na perseguição de uma antiga recordação – tinha seis anos e no baloiço pendurado na árvore, uma pomba branca poisou no meu rosto – digo pois, de uma antiquíssima espera, a do Espírito sobre mim, que assim te reconheci.
Vinhas vestida de azul e trazias nos lábios o sagrado mutismo dos infelizes. Vinhas manhã grega em dia de tenebrosa tempestade. Poisada no meu e mesmo chão, sob a forma de um clarão, como um rasgão e como um vaso pleno do que por mim foi esperado, colheste-me em flor de memória em sangue e viva. As flores que nos colhiam, e que os teus pés encobriam, sofrida a espera de uma revelação ou de uma redenção, eram de uma espécie e cor de sangue diferido, transferido, indefinido. As flores cobriam no chão alguém-ninguém que por ti tinha sido ferido ou em ti tinhas sofrido. Foi então que percebendo, sem saber como e por causa de meu nome, Isabel, todo o mistério das rosas, que corri a buscar aquela passagem em mim, que sei sem corpo de texto, da criança pelo espírito tomada. Essa criança, que me percorria e para ti também corria, vinha para ser tornada mulher, primavera e rainha. Vendo-te assim tão próxima, tão etérea, tão quase divina, não parei de tremer, por saber que foi a minha espera que te coroou, foi ela que te transformou em menina, criança e rainha.
Assim, pela primeira vez não cega me vias e eu te recolhia, e havia no teu corpo um ser outro do qual também eu – no teu sem nome como a flor da memória – me compadecia. Era do medo, era do segredo, mas era algures e não alhures, que outros sons originais, em nós se percutiam, assim menina, criança e rainha, parecia que ao receber-te ensandecia, desvairada e louca, enquanto escrevia.
Era do espanto, era do encanto, mas lentamente se pressentia que a menina, a criança e rainha me sobrevinham de um mundo, para mim ignoto, em que jamais somente se sofria, enquanto eu nas palavras e nos símbolos, num relance súbito, me expandia. Menina, criança e rainha, perguntava, com que asa da infância cobres ainda o meu rosto de medo com outras antigas penas da lembrança?
Tu, menina, criança e rainha, nada me respondias. Tinhas a boa fechada e já nada arrolavas. Dos teus lábios cerrados e a meus olhos confinados confiavas o segredo e o medo e eu, sob a divina mania, no pano da escrita perscrutava-te antiga e ouvia, escrevia e, tolhida e recolhida, neste silêncio dentro do tempo, te inscrevia.
Era do tempo, era do desalento, que o teu sorriso se escondia, ele que preso à mão do inverno lentamente te arrefecia e por dentro do teu rosto o esmaecia. Era eu quem, menina, criança, rainha, to pedia para o depor junto ao canto dos pássaros e da rima da poesia. O teu sorriso, menina, criança e rainha ainda dentro te ti ressurgia. Era para dentro de ti que a escrita ria e fugia. Escrita dançarina que contigo se envolvia em movimento-vento, em movimento-lento. As duas tristes dançarinas insufladas pelo vento pairavam sob o poema-canto, no canteiro, no poema com a forma de um campo-campa. As duas dançarinas, a escrita e a rainha, acompanhavam os passos em luta, em luto, do poema em que os mortos e os vivos renasciam. E eram penas o que assim, da escrita saía e na saia da dançarina, docemente nos envolvia. A das aves e a dos mortos.
Era como rosto e como corpo, mas já sem desgosto, que assim toda inteira e rarefeita, em castas gotas, me surgias e ungias, a pobre que assim escrevia e te recebia. O poema que da flor da terra remanescia eras tu, menina, criança, rainha, propulsionadora, no meu pulso do impulso, no curso do decurso, da escrita como incerta cartografia e caligrafia das lágrimas na paisagem de um rosto refeito do desgosto. Tu, quase divina em nós, sobre mim descias e comigo, aos céus, subias.
Durante três noites escutei o canto do pássaro que vinha do mar – também tu de lá vinhas coberta de lágrimas e escamas, sereia, criança e rainha –, durante três dias escrevi em pranto, em flor de memória e impotente, contra a força da Palavra, mas em vão, Menina (!), o pássaro escrevia agora com os movimentos da minha mão. O pássaro, que vem do mar e se reveste da espuma da onda e só em canto do silêncio se pronuncia, vinha sobre mim como um símbolo que enfim se aproximava para me chamar e ao fundo da arca da Língua me entregar. Eu que nunca compreendi o mundo, eu que nunca contei o tempo, eu que sempre caminhei na direcção do vento, era assim daqui roubada e, de súbito, raptada para o interior de uma aparição, para o esplendor de uma transfiguração.
Roubada ao mundo e ao tempo, presa a uma asa de escamas e imersa numa saia de arcaicas lamas, entregava a vida ao movimento enamorado do olhar da alma com a mão. Comum à escrita, na viagem dentro da arca, levavas-me sem rumo por entre o fumo, para além daqui, Além, para em mim cumprir a tarefa espiritual de a vida e a morte renomear e cantar.
Dentro de ti serei(a) a que, cantando o verbo morto, deixará o poema renascer e como a flor, reflorescer.
É enquanto as rolas arrolam e os cabelos se enrolam que a voz cantando, semeia no corpo, terra canteiro, o poema. Canto em Língua pura, pátria imemorial para os mortos que florescem. O poema, revelas, é a outra eucaristia.
Assim, pela primeira vez não cega me vias e eu te recolhia, e havia no teu corpo um ser outro do qual também eu – no teu sem nome como a flor da memória – me compadecia. Era do medo, era do segredo, mas era algures e não alhures, que outros sons originais, em nós se percutiam, assim menina, criança e rainha, parecia que ao receber-te ensandecia, desvairada e louca, enquanto escrevia.
Era do espanto, era do encanto, mas lentamente se pressentia que a menina, a criança e rainha me sobrevinham de um mundo, para mim ignoto, em que jamais somente se sofria, enquanto eu nas palavras e nos símbolos, num relance súbito, me expandia. Menina, criança e rainha, perguntava, com que asa da infância cobres ainda o meu rosto de medo com outras antigas penas da lembrança?
Tu, menina, criança e rainha, nada me respondias. Tinhas a boa fechada e já nada arrolavas. Dos teus lábios cerrados e a meus olhos confinados confiavas o segredo e o medo e eu, sob a divina mania, no pano da escrita perscrutava-te antiga e ouvia, escrevia e, tolhida e recolhida, neste silêncio dentro do tempo, te inscrevia.
Era do tempo, era do desalento, que o teu sorriso se escondia, ele que preso à mão do inverno lentamente te arrefecia e por dentro do teu rosto o esmaecia. Era eu quem, menina, criança, rainha, to pedia para o depor junto ao canto dos pássaros e da rima da poesia. O teu sorriso, menina, criança e rainha ainda dentro te ti ressurgia. Era para dentro de ti que a escrita ria e fugia. Escrita dançarina que contigo se envolvia em movimento-vento, em movimento-lento. As duas tristes dançarinas insufladas pelo vento pairavam sob o poema-canto, no canteiro, no poema com a forma de um campo-campa. As duas dançarinas, a escrita e a rainha, acompanhavam os passos em luta, em luto, do poema em que os mortos e os vivos renasciam. E eram penas o que assim, da escrita saía e na saia da dançarina, docemente nos envolvia. A das aves e a dos mortos.
Era como rosto e como corpo, mas já sem desgosto, que assim toda inteira e rarefeita, em castas gotas, me surgias e ungias, a pobre que assim escrevia e te recebia. O poema que da flor da terra remanescia eras tu, menina, criança, rainha, propulsionadora, no meu pulso do impulso, no curso do decurso, da escrita como incerta cartografia e caligrafia das lágrimas na paisagem de um rosto refeito do desgosto. Tu, quase divina em nós, sobre mim descias e comigo, aos céus, subias.
Durante três noites escutei o canto do pássaro que vinha do mar – também tu de lá vinhas coberta de lágrimas e escamas, sereia, criança e rainha –, durante três dias escrevi em pranto, em flor de memória e impotente, contra a força da Palavra, mas em vão, Menina (!), o pássaro escrevia agora com os movimentos da minha mão. O pássaro, que vem do mar e se reveste da espuma da onda e só em canto do silêncio se pronuncia, vinha sobre mim como um símbolo que enfim se aproximava para me chamar e ao fundo da arca da Língua me entregar. Eu que nunca compreendi o mundo, eu que nunca contei o tempo, eu que sempre caminhei na direcção do vento, era assim daqui roubada e, de súbito, raptada para o interior de uma aparição, para o esplendor de uma transfiguração.
Roubada ao mundo e ao tempo, presa a uma asa de escamas e imersa numa saia de arcaicas lamas, entregava a vida ao movimento enamorado do olhar da alma com a mão. Comum à escrita, na viagem dentro da arca, levavas-me sem rumo por entre o fumo, para além daqui, Além, para em mim cumprir a tarefa espiritual de a vida e a morte renomear e cantar.
Dentro de ti serei(a) a que, cantando o verbo morto, deixará o poema renascer e como a flor, reflorescer.
É enquanto as rolas arrolam e os cabelos se enrolam que a voz cantando, semeia no corpo, terra canteiro, o poema. Canto em Língua pura, pátria imemorial para os mortos que florescem. O poema, revelas, é a outra eucaristia.
Para a Luíza e para a Sereia. A quem devo a partilha do incomunicável e da verdade. Para as duas chega muito atrasado, bem sei, mas é só numa certa contagem do tempo. Este texto é para o tempo incontável a que chamaremos outros nomes. Uma breve nota também de agradecimento ao João Serra que me ofereceu a fotografia de uma certa composição em que se escreve para haver entrega aos outros, na absoluta entrega e confissão do que se é aos Amigos.
Absolutamente enlevador, desperta ecos não sei de quê no profundo de nós. Há palavras que despertam como Silêncios de Fogo.
ResponderEliminarObrigada.
Isabel
ResponderEliminarLindo. Por vezes trágico - mas lindo
Beijinho
"Tinha passado toda a noite
ResponderEliminarele mesmo se sentia perdido
diante dessa presença sem palavras
que lança trevas nos símbolos
e torna os argumentos
insustentáveis
é possível que resida nisto
sua parte mais importante
a partir deste ponto desaparece"
José Tolentino Mendonça, Baldios
Isabel,
Ainda em silêncio por dentro, como o pássaro que te visitou vindo do mar e com asas de espuma, ainda sem palavras... agora penso que sim, é assim que quero olhar a alma neste momento... com a mão.
Passar a mão pelos cabelos compridos da minha alma e, ainda sem som, mergulhar bem fundo nela.
Sem som, porque o canto das Sereias, dizem... é belo de se ouvir, mas tem consequências trágicas para quem o seguir e dele ousar fazer com que haja felicidade*
Agradeço a Amizade com o coração, Isabel.
τὸ ποίημα εἶναι ἡ ἀληθινὴ εὐχαριστία...
ResponderEliminarὑπέροχο...
εὐχαριστῶ πολύ, ἀληθινά...
continuarei a cantar, na noite, a todas as solitárias e tristes meninas
ResponderEliminarPorque será o poema a verdadeira eucaristia, Macários?
ResponderEliminar“do medo”[sim], e ”do segredo”, “em nós se repercut[em]” “as flores que nos colh[e]m”...
ResponderEliminarAqui, pois, deixa Donis - em eco de “algures e não alhures”-, “outros sons”... da sempre mesma pátria-poema, dessa "outra eucaristia": imemoriais, "como mortos" florescemos... “como rosto e como corpo”: “em canto do silêncio [que] se pronuncia”
Em língua d’almo: alma, flor por raiz
(litania de isabelino aceno, em saudades enviada a Santiago da Rosa)
flor de lys
lysar d'em fror
frore de lysgraar
graalar da flor
flore d’almar
almoror rosalir
rosalor de graaler
graalmar em floror
florar de almir
almor em florer
flor em saurir
sorrir seu alor
soror seu amar
amor em florer
florar em a frol
frolir de luys
luyr de rosar
rosal de luzis
luzer de soror
saurir do alor
alar em a flor
flore de florar
fror a florer
floror de lysor
luysar em frorir
frorer de luyr
luar de donir
donys de graalor
graalir de fralar
fralor de guilhar
de frolys de donor
donys de a flor
frole de guilhar
guilhor em florar
flor de luyr
luyzor em luzir
luzor de floryr
flor de seu lyr
lyr de seu ler
leer de seu lys
lysfrol de lys ser
frol guilhade donis
guilhade donis de frol
donis de frol guilhade
Agradeço as palavras da Maria Aurora; retribuo o beijinho ao Platero e as palavras amigas; abraço a sereia que não sei se percebeu que este texto era também uma resposta ao que conversámos em Dezembro; reconheço com simpatia as palavras de Macários e do Pássaro Noctívago a quem não sei responder. A Lapdrey só posso dizer que é bom escutá-lo, também quando, para além de conversador empolgado e poeta, é um cuidador-leitor. Obrigada por me fazer sentir que lê o texto e fica nele demorado. A demora é um estado que agradeço.
ResponderEliminarTambém aprecio a pergunta do anónimo. Mas como se responde a um mistério, se ele nos deixa mudos e surdos?...
«Elegia do Amor
ResponderEliminarI
Lembras-te, meu amor,
Das tardes outonais,
Em que íamos os dois,
Sozinhos, passear,
Para fora do povo
Alegre e dos casais,
Onde só Deus pudesse
Ouvir-nos conversar?
Tu levavas, na mão,
Um lírio enamorado,
E davas-me o teu braço;
E eu triste, meditava
Na vida, em Deus, em ti...
E, além, o sol doirado
Morria, conhecendo
A noite que deixava.
Harmonias astrais
Beijavam teus ouvidos;
Um crepúsculo terno
E doce diluía,
Na sombra, o teu perfil
E os montes doloridos...
Erravam, pelo Azul,
Canções do fim do dia.
Canções que, de tão longe,
O vento vagabundo
Trazia, na memória...
Assim o que partiu
Em frágil caravela,
E andou por todo o mundo,
Traz, no seu coração,
A imagem do que viu.
Olhavas para mim,
Às vezes, distraída,
Como quem olha o mar,
À tarde, dos rochedos...
E eu ficava a sonhar,
Qual névoa adormecida,
Quando o vento também
Dorme nos arvoredos.
Olhavas para mim...
Meu corpo rude e bruto
Vibrava, como a onda
A alar-se em nevoeiro.
Olhavas, descuidada
E triste... Ainda hoje te escuto
A música ideal
Do teu olhar primeiro!
Ouço bem a tua voz,
Vejo melhor teu rosto
No silêncio sem fim,
Na escuridão completa!
Ouço-te em minha dor,
Ouço-te em meu desgosto
E na minha esperança
Eterna de poeta!
O sol morria, ao longe;
E a sombra da tristeza
Velava, com amor,
Nossas doridas frontes.
Hora em que a flor medita
E a pedra chora e reza,
E desmaiam de mágoa
As cristalinas fontes.
Hora santa e perfeita,
Em que íamos, sozinhos,
Felizes, através
Da aldeia muda e calma,
Mãos dadas, a sonhar,
Ao longo dos caminhos...
Tudo, em volta de nós,
Tinha um aspecto de alma.
Tudo era sentimento,
Amor e piedade.
A folha que tombava
Era alma que subia...
E, sob os nossos pés,
A terra era saudade,
A pedra comoção
E o pó melancolia.
Falavas duma estrela
E deste bosque em flor;
Dos ceguinhos sem pão,
Dos pobres sem um manto.
Em cada tua palavra,
Havia etérea dor;
Por isso, a tua voz
Me impressionava tanto!
E punha-me a cismar
Que eras tão boa e pura,
Que, muito em breve – sim! -,
Te chamaria o céu!
E soluçava, ao ver-te
Alguma sombra escura,
Na fronte, que o luar
Cobria, como um véu.
A tua palidez
Que medo me causava!
Teu corpo fino
E leve (oh meu desgosto!)
Que eu tremia, ao sentir
O vento que passava!
Caía-me, na alma,
A neve do teu rosto.
Como eu ficava mudo
E triste, sobre a terra!
E uma vez, quando a noite
Amortalhava a aldeia,
Tu gritaste, de susto,
Olhando para a serra:
- Que incêndio! – E eu, a rir,
Disse-te: - É a lua cheia!...
E sorriste também
Do teu engano. A lua
Ergueu a branca fronte,
Acima dos pinhais,
Tão ébria de esplendor,
Tão casta e irmã da tua,
Que eu beijei, sem querer,
Seus raios virginais.
E a lua, para nós,
Os braços estendeu.
Uniu-nos num abraço,
Espiritual, profundo;
E levou-nos assim,
Com ela, até ao céu...»
Teixeira de Pascoaes
O Poema sobre as tardes outonais do passado e das primaveris do futuro.
Um beijinho...
(das manhãs...)
ResponderEliminarQuerida Anita,
ResponderEliminarai este poema! Este poema que é a síntese de tudo e até do grito e do abraço! Obrigada por teres reconhecido tamanha história em mim e ao que escrevi o dedicares! Cubro as faces com as mãos e digo baixinho estes versos. São liiiindos (!) e devolvem-me tudo o que pertence à minha alma.
Boa semana para ti!
Um sorriso atrás das mãos está guardado para ti.
Lembrei-me de ti, Isabel, ao lê-lo...
ResponderEliminar"conheço" há tão pouco tempo Pascoaes e, no entanto, parece que sempre nestes poemas vivi, vivemos... :)
Venho até ti, Isabel, e sempre que chego perto da tua escrita o meu coração viaja não só com o texto, mas com a rarefacção do ar que ali está, o silêncio e a luz que permeiam as ideias de uma luz alta, acompanhada de um cuidado extremo e de uma entrega à clareza do verbo que dói, até doi! É por isso, Isabel, que aquilo que pensas e escreves e és é um tesouro muito precioso, mormente a quem tem o imenso prazer de ser teu (tua) amiga.
ResponderEliminarUm beijo maior que o mundo...de Saudades.
'eu que sempre caminhei na direcção do vento'
ResponderEliminarUm imenso sorriso Saudades e Baal. Vou com o vento. Rarefeita.
ResponderEliminarrarefeita, feliz com o vento, Isabel?
ResponderEliminarBaal,
ResponderEliminarnada existe em mim que não consiga rarefazer, mesmo o mais denso, mesmo o mais duradouro dos sentimentos e, no entanto, nem sempre consigo sentir que seja feliz. Mas há sempre vento a percorrer-me interiormente. E sou sensível à direcção do vento. Gosto de o ouvir e de o ver desenhar. Desde miúda. Mas tenho razões para ser feliz, não sei sempre reconhecê-las, não fiz essa aprendizagem. Tenho que escutar mais o vento.
Um sorriso pela pergunta, talvez ele lhe respondesse melhor do que as minhas palavras. Sou tão imperfeita com elas. O sorriso tem mais o silêncio que as pode revestir da pureza do pensamento que as pensa e do sentir que as sente.
Gosto de perguntas difíceis...obrigada.
Desculpe se a resposta foi confusa.
obrigado Isabel, o seu sorriso respondeu-me, sentidamente.
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