O homem invisível decidiu dar cabo de mim
A sua presença é um convite permanente para a depressão
Estou sempre à espera de mais algum dos seus golpes baixos
Empurra-me para labirintos donde não há evasão
Ele já sabe há muito tempo que eu não posso detê-lo
Já sabe há muito tempo que eu não tenho meios para o apanhar
Sou eu quem dá a cara
Quem desperdiça a força que ele acaba por neutralizar
O homem invisível foi uma péssima invenção
Vive à custa do meu mal e não tem nada de bom para dar
E embora, às vezes, ele faça aliciantes promessas
Nenhuma delas até hoje me conseguiu acalmar
Eu sou apenas mais um entre os seus milhões de vítimas
Muitos já tentaram dar-lhe a volta, atirá-lo ao chão
Mas toda a gente falha
São todos contaminados pela sua má vibração
O homem invisível já é velho e cheira mal
Extremamente imoral, é capaz de vender a própria mãe
Não acredita no sonho, o seu amor é o dinheiro
E vive no terror constante de perder o que tem
Talvez eu nunca mais chegue a ver-me livre do monstro
Mas enquanto ele anda aí também vai ter que me aturar
Enquanto eu tiver voz
E algum sangue nas veias ele não vai conseguir descansar
Jorge Palma
Álbum Lado Errado da Noite, 1985
O verdadeiro homem invisível é o Encoberto, El-Rei D. Sebastião, que nasceu no dia de hoje, há 454 anos!
ResponderEliminarParabéns a todos nós!
Parabéns a ele e a nós.
ResponderEliminarÉ uma capicua! Deve ser um sinal de que Algo vai acontecer!
ResponderEliminarObrigado por este Jorge Palma, Liliana.
ResponderEliminarCom aromas de túnel de Metro, como sempre tem um pouco...
Obrigado por lembrar.
Será o Jorge Palma o Encoberto!?
ResponderEliminarEmanei um avatar sem dar por isso?