Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
She's a sensation - Ramones & Sylvia Saint for your pleasure
Soft ou não, depende da perspectiva... Já não é tão soft se virmos que esta deusa, que tanto fascina e deleita os homens, já está a ser internamente corroída por mil e um venenos, putrefacções e declínios, que cedo ou tarde lhe embranquecerão os cabelos, lhe cavarão rugas, lhe farão mirrar e tornar flácidas as carnes, lhe apodrecerão e farão cair os dentes, lhe engrossarão varizes nas pernas esbeltas, lhe farão crescer cancros no colo do útero e lhe murcharão a flor tão visitada e colhida por homens e mulheres... Em breve estas imagens de beleza e glória não mais serão do que o aguilhão da memória do que não mais volta, o espinho da saudade do irreversível que a torturará até ao fim dos seus dias, quem sabe se na total solidão, abandono e esquecimento... E ainda menos soft tudo isto é se recordarmos ser esse o destino de tudo, o destino de todos vós, ó visitantes, leitores e colaboradores das distracções deste blog e da existência, desde os vossos entes queridos até vocês próprios!... Ainda acham soft, agora!?
Reconheçam quem são, o que verdadeiramente vos habita, o crepúsculo, o declínio, a morte: eu próprio!
Pela primeira vez não posso deixar de concordar com os diabos pagãos, no plano estritamente moral, embora eles considerem a corrupção natural e eu a considere fruto do pecado, pelo qual o homem perdeu o corpo espiritual com que foi criado e adquiriu este grosseiro corpo físico e sexuado, como o ensinou o grande teólogo Escoto Eriúgena, embora o seu pensamento seja perigosamente tendente ao erro da leitura panteísta. De qualquer modo, sem pecado e sexuação do ser não haveria este fascínio erótico grosseiro e desatinado que invade este blog... O erotismo seria plenamente espiritual e a humanidade multiplicar-se-ia como os anjos.
Ragnarök, mas depois de ti, no teu mito, vem de novo a Idade de Ouro, não é assim? Não estará ela já e sempre presente, seja nas carnes sãs ou cancerosas? Haja visão pura.
Tudo muito certo Ragnarok, uma postura sabia, talvez. No entanto, os Ícones muitas vezes, perduram durante mais tempo que o original. Enquanto Sylvia se vai desvanecendo nas vagas do tempo, o seu duplo continua a arder em todo o seu esplendor. Assim são as imagens e os sonhos, não envelhecem, apenas passam. Talvez o original de Alice, a figura que inspirou a história, seja neste momento pó, mas simultaneamente continua para alguns, uma imagem com algum encanto! O mesmo se passa com os livros e as obras. Onde estará Agostinho da Silva? No entanto, vejam o poder de convicção do seu eco que não cessa. Os caminhos percorridos de mãos dadas com ele, mesmo depois da sua morte. As obras, de algum modo desafiam o tempo e têm asas. Os Ícones, vão sendo insuflados de vida e assim prosseguem.
Mas descansa Casto Severo, mesmo quando esta que vês, assim e deste modo, murchar como descreve Ragnarok, ainda assim, haverá sempre uma Sylvia Saint que mudará talvez, a cor de cabelo e o nome, do mesmo modo que haverá sempre uma Primavera, que por onde passar fará a relva crescer!
Ah, que a mulher dê sempre a impressão de que se fechar os olhos Ao abri-los ela não estará mais presente Com seu sorriso e suas tramas. Que ela surja, não venha; parta, não vá E que possua uma certa capacidade de emudecer subitamente e nos fazer beber O fel da dúvida. Oh, sobretudo Que ela não perca nunca, não importa em que mundo Não importa em que circunstâncias, a sua infinita volubilidade De pássaro; e que acariciada no fundo de si mesma Transforme-se em fera sem perder sua graça de ave; e que exale sempre O impossível perfume; e destile sempre O embriagante mel; e cante sempre o inaudível canto Da sua combustão; e não deixe de ser nunca a eterna dançarina Do efêmero; e em sua incalculável imperfeição Constitua a coisa mais bela e mais perfeita de toda a criação imunerável.
Que video da Sylvia Saint tão casto!... Desiludes-me... Há bem melhor... Talvez demasiado para as mentes puritanas.
ResponderEliminarSylvia Saint, por aqui?! Aquilo é muita entrega! Será vocação mística? De qualquer modo, aqui não dá para perceber!
ResponderEliminarOh, Verónika, com um nome tão sugestivo tens o perfil indisponível!?...
ResponderEliminarA Sylvia Saint é a maior mística contemporânea, disso podem estar certos!...
ResponderEliminarIsso só Deus sabe!
ResponderEliminarSim, Deus e eu!
ResponderEliminarO que estão a fazer é a afastar as poucas pessoas sérias que ainda por aqui andam...
ResponderEliminarPorquê!? As pessoas sérias são as que voltam a cara a uma das ânsias mais fortes que move o mundo, como se em si mesmas a não houvessem!?...
ResponderEliminarPunk rock e estrelas porno... Deve ser isto a Grande Perfeição!
ResponderEliminarTambém me desiludes, Casto Severo!
ResponderEliminarQue coisinha tão soft... Uma deusa destas e... só isto!? Pobre, muito pobre...
Soft ou não, depende da perspectiva... Já não é tão soft se virmos que esta deusa, que tanto fascina e deleita os homens, já está a ser internamente corroída por mil e um venenos, putrefacções e declínios, que cedo ou tarde lhe embranquecerão os cabelos, lhe cavarão rugas, lhe farão mirrar e tornar flácidas as carnes, lhe apodrecerão e farão cair os dentes, lhe engrossarão varizes nas pernas esbeltas, lhe farão crescer cancros no colo do útero e lhe murcharão a flor tão visitada e colhida por homens e mulheres... Em breve estas imagens de beleza e glória não mais serão do que o aguilhão da memória do que não mais volta, o espinho da saudade do irreversível que a torturará até ao fim dos seus dias, quem sabe se na total solidão, abandono e esquecimento...
ResponderEliminarE ainda menos soft tudo isto é se recordarmos ser esse o destino de tudo, o destino de todos vós, ó visitantes, leitores e colaboradores das distracções deste blog e da existência, desde os vossos entes queridos até vocês próprios!...
Ainda acham soft, agora!?
Reconheçam quem são, o que verdadeiramente vos habita, o crepúsculo, o declínio, a morte: eu próprio!
até lá... vamos estando por cá...
ResponderEliminarAté lá vais estando por cá!?... Não vês que lá é a quinta-essência do cá? Desonras o teu nome...
ResponderEliminarPela primeira vez não posso deixar de concordar com os diabos pagãos, no plano estritamente moral, embora eles considerem a corrupção natural e eu a considere fruto do pecado, pelo qual o homem perdeu o corpo espiritual com que foi criado e adquiriu este grosseiro corpo físico e sexuado, como o ensinou o grande teólogo Escoto Eriúgena, embora o seu pensamento seja perigosamente tendente ao erro da leitura panteísta. De qualquer modo, sem pecado e sexuação do ser não haveria este fascínio erótico grosseiro e desatinado que invade este blog... O erotismo seria plenamente espiritual e a humanidade multiplicar-se-ia como os anjos.
ResponderEliminarMaria da Conceição,
ResponderEliminarTu és linda! Não fosse a minha condição e eu perdia a cabeça...
Ragnarök, mas depois de ti, no teu mito, vem de novo a Idade de Ouro, não é assim? Não estará ela já e sempre presente, seja nas carnes sãs ou cancerosas? Haja visão pura.
ResponderEliminarTudo muito certo Ragnarok, uma postura sabia, talvez. No entanto, os Ícones muitas vezes, perduram durante mais tempo que o original. Enquanto Sylvia se vai desvanecendo nas vagas do tempo, o seu duplo continua a arder em todo o seu esplendor. Assim são as imagens e os sonhos, não envelhecem, apenas passam. Talvez o original de Alice, a figura que inspirou a história, seja neste momento pó, mas simultaneamente continua para alguns, uma imagem com algum encanto! O mesmo se passa com os livros e as obras. Onde estará Agostinho da Silva? No entanto, vejam o poder de convicção do seu eco que não cessa. Os caminhos percorridos de mãos dadas com ele, mesmo depois da sua morte. As obras, de algum modo desafiam o tempo e têm asas. Os Ícones, vão sendo insuflados de vida e assim prosseguem.
ResponderEliminarMas descansa Casto Severo, mesmo quando esta que vês, assim e deste modo, murchar como descreve Ragnarok, ainda assim, haverá sempre uma Sylvia Saint que mudará talvez, a cor de cabelo e o nome, do mesmo modo que haverá sempre uma Primavera, que por onde passar fará a relva crescer!
És sábio - ou sábia ? - , Anónimo (ou Anónima?)! Mas a tua sabedoria nada é se separada da de Ragnarök e Long. Creio que concordarás com isto.
ResponderEliminarClaro que concordamos!
ResponderEliminarBem haja pelo reparo Presbítro,não vá eu esquecer-me.
O Anónimo das 13.18, que tu tão bem conheces.
Ah, que a mulher dê sempre a impressão de que se fechar os olhos
ResponderEliminarAo abri-los ela não estará mais presente
Com seu sorriso e suas tramas. Que ela surja, não venha; parta, não vá
E que possua uma certa capacidade de emudecer subitamente e nos fazer beber
O fel da dúvida. Oh, sobretudo
Que ela não perca nunca, não importa em que mundo
Não importa em que circunstâncias, a sua infinita volubilidade
De pássaro; e que acariciada no fundo de si mesma
Transforme-se em fera sem perder sua graça de ave; e que exale sempre
O impossível perfume; e destile sempre
O embriagante mel; e cante sempre o inaudível canto
Da sua combustão; e não deixe de ser nunca a eterna dançarina
Do efêmero; e em sua incalculável imperfeição
Constitua a coisa mais bela e mais perfeita de toda a criação imunerável.
Grande banda, grande mulher, grande mundo, grande tudo! Viva a eterna adolescência! Viva!
ResponderEliminar