A harpa do silêncio dedilhada pelo vento
O esquecimento lavrado p'la espera
É sem regresso o que nunca partiu
Austera ânsia de em cada momento
Não ter nada mais que a esperança sincera
Do mundo se tornar mar e navio.
E inventar viagens nas ruas caladas
Fazer chegadas nas praças sombrias,
Ilhas de espanto na desolação
Das vidas mais firmes e sossegadas,
Na dormência da passagem dos dias
Recusar a paz e a continuação
Aportar em todas as madrugadas
E ter como rota a perdição.
"Ter como rota a perdição" é o que todos fazemos ao nascer.
ResponderEliminarSim, ao nascer em pecado e permanecer sem baptismo ou com baptismo mas sem viver em Deus...
ResponderEliminarJá ouviu falar do pecado de Deus, do crime da criação? Já leu Pascoaes? E não o digo por concordar com ele, apenas o estudei, mas ajudava-a a desassossegar-se do seu dogmatismo...
ResponderEliminarDo pecado de Deus falam os gnósticos como você, que com saudades do absoluto não conseguem apreciar o divino dom da vida terrena e temporal... Faço minhas muitas das palavras do "sobrevivente do acidente" no post da "saudades do futuro". Este blog está um misto de new age, heresia e vaidade. Mas tudo isto é pó e em pó se vai tornar, por mais incriados que se julguem. Rezo pela sua e pela vossa alma.
ResponderEliminar... agora e na hora da vossa morte. Amen.
ResponderEliminarCara amiga, não me deve ter lido ou entendido bem: a saudade do absoluto é o absoluto em nós e é isso que ilumina as entranhas da vida terrena e temporal, ressuscitando-nos em vida e não após a morte, como a sua igreja, trocando a experiência de Deus pela teologia, faz ilusoriamente crer. Ressuscite, amiga!
ResponderEliminarAi, Credo! Que blasfémia, aqui vai neste blogue, que Deus Nosso Senhor nos valha...
ResponderEliminarEm nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amén
Gosto destes diálogos: um budista com uma cristã. Interessante. Continuem...
ResponderEliminarQue diriam Buda e Cristo um ao outro?
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