Na distância mora o fim dos meus rumos
O que dá às romãs o esquecimento
Do seu sabor ser apetecido
É treva densa a irromper do húmus
No vago torpor de cada momento
O princípio sempre já acontecido
A eterna saudade de não ter sido
Alucinação rubra e continuada
O pó da estrada de me perder
A noite revisitada da amurada
De ter partido um dia sem saber
Que a sorte não tem norte nem um porto
Chegar é quase ser tudo e estar morto
Lavrado de longes sou sem querer
gostei especialmente das 2 últimas estrofes.é um poema introspectivo, e profundo.
ResponderEliminarUm canto, um soneto.
ResponderEliminarSempre Paulo Feitais!
Um abraço amigo.
Há entardeceres em que tudo isto nos passa pela cabeça ou pelo coração.
ResponderEliminarNo fundo, são entardeceres saborosos, quase sempre lindos de sol e de mar...
E Romã... é um fruto do Amor...
Romã é o mesmo que escrever Amro ao contrário.
Paulo, belo regresso.
Confesso que já tinha muitas saudades desse Amor que escreve sempre com palavras suas*
Sou fã deste Feitais de belo efeito!
ResponderEliminarPaulo,
ResponderEliminarNa distância, dizias, também mora o princípio dos rumos... "Lavrado de longes sou sem querer" e chegar, Paulo,é nascer-
Agora a tua paisagem...meu Desus!
Importas-te que guarde nas minhas imagens?
Um abraço terno.
A todos o desejo de que estejam a ter uma excelente eternidade, branda, lúcida, plena de amor. ;)
ResponderEliminarE, saudades, a paisagem não é minha, é da Roca. :)