Um dia fiz-me actriz e representei para o mundo o meu único papel.
Nesse dia, vi voar a minha alma em liberdade;
Nesse dia, eu própria me libertei do mundo.
E que bom foi saber que ainda há tanto para ver!
Ainda há tanto para representar!
Que não cabe num só mundo.
Foi esse o dia em que nasci...
E é esse o dia em que vou partir...
Para longe do mundo
E representar outras coisas.
Como se pode partir para longe do mundo se não há mundo senão em nós?
ResponderEliminarHá várias formas de partir para longe...
ResponderEliminar:)
Para onde partir, quando se é infinito!? Que longe há, quando se é o longe!?
ResponderEliminarCaro interrogativo,
ResponderEliminarBem visto!
Obrigada por despertar estas questões.
A beleza é mesmo essa!
Sermos perto e longe, sermos infinito e, no entanto, termos um dia em que o Universo nos concebe e se contorce para sermos e Estarmos.
Partir e ficar, ao mesmo tempo.
Partir de nós mesmo, sabendo que não há , nem somos, outro caminho nem outro mundo.
E, hoje, lá fora... já é hoje*
Ou serei eu, que por ser Sereia*, vejo tudo distorcido? Será por causa da água salgada nos olhos???
:)
A cada instante o universo se contorce para sermos e estarmos: excelente vislumbre!
ResponderEliminarTenho de mergulhar os olhos em água salgada!
Grato
Ergo a taça e saúdo-te...
ResponderEliminarParabéns, Sereia!
Anuncia-se então um aniversário? Amanhã, Sereia?
ResponderEliminarEu acho que é hoje! Hoje mesmo, João...
ResponderEliminarConfirmas Sereia?
Muitos parabéns!
ResponderEliminarUm ano repleto de fecundas alegrias e fundas simpatias.Com tanta disponibilidade para a vida, para os seus papéis e para os momentos de autenticidade, mereces que esconda os meus votos nas tuas aspirações, para neles insuflares o vento espiritual com qua vida se vive à "temperatura das estrelas".
Um GRANDE abraço e mil sorrisos. Havemos de cantar também.
Sereia,
ResponderEliminarJá tinhas aunciado que o teu mês era também o meu mês.
Acho que ainda vou a tempo de levantar o cálice... Ainda há espírito nessa bebida.
Que a vida te sorria sempre. E eu acho que sim, porque tu lhe sorris.
Um grande abraço de parabéns.
Que bom!
ResponderEliminarSe o Longe em nós se repartir... não precisamos de partir para longe, porque a Lonjura, o sem-distância da Distância, é a maior proximidade, o amanhecer do que somos em verdade.
E deponho aqui duas "grinaldas": a revolta dos meus alunos da prisão, manifestada ontem na aula da minha vida, a mais profunda de todas até hoje, revolta pelo racismo e a discriminação, pelo ostracismo e o encarceramento. Depois de 2 horas muito intensas, quando um deles me disse: "vivi nas barracas e só conheci até hoje bairros sociais", eu respondi-lhe: "de onde pensam que eu venho?". E vi lágrimas naqueles olhos revoltados.
Aceita este presente. E mais um: hoje numa aula de psicologia falámos na morte, a propósito do desabafo duma aluna sobre a morte do pai, quando ela tinha 6 anos, no teste que eu acabara de entregar e que tinha uma questão sobre a eutanásia. Falámos da perda e dos apegos e do podermos amar sem apego, de podermos desejar a felicidade de quem amamos, enfrentando a separação com alegria, quando esta permite a felicidade do outro. Também vi lágrimas e sorrisos. Aceita-os também como presente.
é o que eu tenho hoje para te dar de mais puro.
beijo imenso!
Agradeço a todos e a cada um...
ResponderEliminarinterrogativo,
agradeço mais uma vez o ponto de vista das perguntas :)
Ivo,
eu é que fico grata!
Mergulhe muito, mergulhe sempre!
Os seus olhos vão agradecer e o Mar, esse, vai sempre abraçar quem nele entrar.
Santa Matilde,
Saúde! A mim, a todos os emplumados e todos os desplumados.
Saúde! Obrigada! E junto a minha à sua, e juntas bebemos desse líquido que dá saúde :)
João,
Aniversário, sim... a dia 19
:)
Confirmo a dica da Santa Matilde ;)
Querida Isabel,
recebi o abraço aqui mesmo, porque ADORO abraços!
E, abraçada, subo ao nível da linha d'água e espreito lá fora as estrelas. Imagino a temperatura a que brilham e penso: devem ter a temperatura dos meus olhos.
Obrigada*
Querida Saudades,
Obrigada pela saúde!
De cálice levantado, brindo ao espírito do universo que levantou voo neste dia e a ti*
Caro Paulo,
aceito essa pureza toda e agradeço a partilha do teu dia.
As lágrimas que me ofereces, posso juntá-las às minhas. Independentemente do que cada uma delas pode significar para quem as derrama, todas elas são fruto de um sentimento. E é isso que me importa.
Obrigada*
Sereia, sem atraso, porque a cada instante nascemos, saúdo a sua ex-istência no tempo e a sua in-sistência na eternidade!
ResponderEliminarPaulo,
ResponderEliminarAgradeço sempre as suas palavras.
Enfim, foi o universo que quis que assim fosse e, aqui, me tornei.
Obrigada*
Só agora vi, Sereia, a Seara, que me chamou para o texto. Adoro passear as mãos pelas espigas do campo. Olha(i) as Espigas do Campo...
ResponderEliminarHoje e Amanhã, Chegar e Partir, é como o grão da espiga, cai na terra lavrada para morrer e nascer-se. Liberta-se para frutificar.
Saúde!
Era digno e esclarecedor sentir este sublime libertar, num palco e eu como espectador. Dizer-se tudo e voltar costas à plateia com a certeza de que muitos iriam atrás. Outros ficariam a respirar em um silêncio a analépse vertiginosa.
ResponderEliminarEsclarecedor.
Muito bom.
Por alguma razão, fez-me bem respirar o teu alívio.
Hoje, vi uma sereia :)
Vou... trabalhar...
GRANDE NOITE! GRANDE DIA!
Caros amigos Luiza e Vergílio,
ResponderEliminarSó hoje consegui regressar à serpente... então, só hoje agradeço as palavras que me deixaram a prpósito de uma seara e de um palco :)
Obrigada*
De nada! :)
ResponderEliminarBeijos