terça-feira, 14 de outubro de 2008

A Saudade ( Meditações no Deserto )

Ao longe na íntima sede intensa
uma ermida acena e traz aos passos um sinal para nela se entrar
tendo como única chave o entardecer que a vê nascer
e que sem legendas nos dá o seu Nome a beber.

4 comentários:

  1. Belíssimo! Neste preciso momento dava uma aula a falar da entrada no santuário íntimo da alma, no neoplatónico Damáscio.

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  2. E eu entrava cada vez mais no bosque porque preciso do santuário íntimo da alma. Luíza, está quase. Desculpa. Sei que demoro muito tempo a orar...um sorriso.


    Belo e belo o que deixaste...dizem os ecos qe perpassam o bosque. Eu digo uma vez, eles dizem muitas...o bosque éum lugar de repetições que invocam na alma recordações.

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  3. Luíza,

    Também eu senti que entrava nesse entardecer, como quem entra na ermida
    e, em silêncio, bebi desse Nome.

    Um abraço de Saudades

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  4. Paulo, os momentos em que na mesma hora ou no mesmo agora as almas se encontram e se comungam íntimas trespassam-me de júbilo.




    Eu agora vim sentar-me à beira de um precipício, Isabel, a encher-me de fundura a caminho do Bosque onde me vou perder. Já tremo mas vou! E se for ao Entardecer poderei mesmo não mais voltar. Vai ser uma aparição o teu Bosque.


    Saudades. Eu adorei aquele Alado Mensageiro: És tu no olhar do Mar Entardecido.

    Abraço-vos

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