De acordo com a mitologia grega, Fénix é um pássaro que renasce das próprias cinzas. O poeta Alcides Buss, mestre em evocar belas imagens, não podia ter escolhido melhor metáfora para dar nome ao seu mais recente livro de poesia: Cinza de Fénix & Três Elegias. A obra, recém-lançada pela Editora Insular, de Florianópolis, reúne poemas que são como “cinzas”, resultantes não apenas de “lampejos” de imaginação, como também de um lento processo de “fundição”, em que o autor procurou (como sempre o fez) dar a melhor forma a suas ideias e palavras. O resultado, forjado com a chama quente da poesia, é o que o crítico Marco Lucchesi considera “o melhor livro de Alcides Buss”. A primeira parte do livro de Alcides, O Poema, consiste numa bela e criativa utilização do recurso da metalinguagem, em que o autor procura, através da própria poesia, definir o que é o poema. A diversidade das respostas apenas reflecte as infinitas possibilidades do que pode significar a poesia. Para Alcides, entre muitas outras coisas,
“ O poema é a cinza
de Fénix que a alma
de alguém transforma
em sonho e transforma
em corpo e depois em luz.”
Fiquei entusiasmado!
ResponderEliminarE sempre gostei do simbolismo da Fénix. E quero aqui lembrar o cancioneiro da Fénix Renascida, disponibilizado pela Biblioteca Nacional (http://purl.pt/261).
A poesia encarada como uma sublimação da vida sobre a morte, uma entrega à consumação do Fogo, elemento teúrgico por excelência, porque consuma consumindo.
Um abraço!
:)
Renascer das cinzas!
ResponderEliminarOra aí está uma óptima sugestão!
Obrigada amigo Vergílio! Assim que tenha oportunidade, vou tratar de ler este livro.
Da próxima vez que eu renascer, em vez de Sereia* talvez possa ser Fénix... ou apenas tartaruga...
:)
Paulo, muito obrigado pela referência que aqui deixaste. Acabei de a consultar... muito por cima, ainda.... Aliás, agradeço mesmo!!
ResponderEliminarMenina Sereia*, vamos lá a renascer!! Com a certeza de que das cinzas, só a Fénix voará, muito para além deste azul que tomamos como céu... universal, porque não é só meu :)
Mas porque não tartaruga? Ora aí está uma história que ninguém contou...
Se é o tempo que nos escapa, eu gostaria de ser outro bichinho, mais pequenino... e em adulto perguntaria à sequoia anciã o porquê de me chamarem efémera.
Aos dois, Abreijos!!