"Meu amor, meu amor,
Meu corpo em movimento,
Minha voz à procura,
Do seu próprio lamento.
Meu limão de amargura,
Meu punhal a escrever*,
Nós parámos o tempo,
Não sabemos morrer.
E nascemos, nascemos,
Do nosso entristecer.
Meu amor, meu amor
Meu pássaro cinzento,
A chorar a lonjura,
Do nosso afastamento.
Meu amor, meu amor,
Meu nó de sofrimento,
Minha mó de ternura,
Minha nau de tormento.
Este mar não tem cura,
Este céu não tem ar,
Nós parámos o vento,
Não sabemos nadar.
E morremos, morremos
Devagar, devagar"
Ary dos Santos, Amália Rodrigues
|*e/ou crescer...|
Quanto mais oiço esta música do Povo, mais dou de beber à minha dor, mais me entristeço... mais choro e renasço.
ResponderEliminarNão, não é a dor que me apraz, é atravessar este tormentoso mar, é percorrer de vez esta distância angustiante que me salva da morte que esta vida constantemente perdida em mim me provoca.
É do fundo desta dor que o Meu País nascerá, da busca desse Amor Eterno que teima em não morrer, mesmo que condenado a não poder viver como só ele sabe viver: fundido com a sua própria imensidão... de tempo e espaço...
Meu Amor
ResponderEliminarMeu Amor
Minha estrela da tarde
Que o luar te amanheca
E o meu corpo te guarde
Meu Amor
Meu Amor
Eu nao tenho a certeza
Se tu es a alegria ou se es a tristeza.
Meu Amor eu nao sei
se o que digo e ternura
se e riso
se e pranto
(...)
Sei esta cancao do Carlos do Carmo quase de cor;-) ...