Dizem-me que a primavera é o tempo do amor e que o amor (se) entrega ao cavalo lustroso, inocente e selvagem que entra na alma como em casa própria… E que o amor é o corpo dessa face selvagem. Eu acredito que o tempo vem às estações da alma, para lembrar que o não somos. Mas em fé, por dentro da alma aberta em vento: passagem, paragem, e poisagem, eu tenho para mim outro mês para a paixão, outra estação para o Amor. È com tristeza alegre, alegria triste que o cocheiro conduz os cavalos para além do Hades, para além do Fado. Eros-Saudade há-de ser a face exultante, o músculo e o nervo desse cavalo de fogo. Mas ai, alma do mundo! a sombra nos meus olhos há de ser a fonte eterna onde ele bebe a Divina Saudade, o Paraíso. É outono nessas águas e amo essa flor que bebe águas tão fundas que de mim me esqueço para encontrá-lá. E em mim exulto para recebê-la em sombra e em luz.
Querida Saudades,
ResponderEliminarÉ com a chegada do Outouno que o meu coração escurece porque é no Outouno que as saudades que sinto me invadem o corpo e alma. Me preenchem por inteiro e me chegam à face distante e sentida com que transpareço.
E Saudade é Amor.
Por isso, para mim o Amor no Outouno faz TODO o sentido.
Um beijo de Saudades*
Sereia,
ResponderEliminarAinda não tinha comentado a tua mensagem, mas há nela uma mágoa sossegada; uma nostalgia cantada, um crescimento puro e, umas fotografias lindas...
Para além de Sereia, és serena, e quando te (me)leio, encontro-me num tempo suave e amoroso.
Gosto sempre de te ouvir cantar.
Um beijo