sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Com-e-unicar

Porque adoro comer?
Porque a comida não fala comigo, é-me... e é assim que me dá vida.
Tudo o resto, o que não me é - ou o que disso se esqueceu, é nada: adormece-me... mata-me.

Tal como a comida, as palavras deveriam-nos ligar à vida, ligar-nos entre nós e ao mundo. Deveriam alimentar a nossa alma ao conectá-la com a sua Fonte, à união primordial, permitindo que cada um permaneça a ser o que é, renascendo sem cessar do Todo a que pertence.
O que entra, e que alimenta o corpo, deveria, da mesma maneira, ser reproduzido, saindo, alimentando-se a si e aos outros.

Poucas são as palavras saciantes, rara a comunicação que nos reconhece como sua, que nos completa como sendo também nossa, nós. Que nos é.
Faminta anda a alma humana de e por si mesma.

E falar palavras que -nos- vivam? Mas como? Se o Homem se esqueceu que vive. Que analisar a vida é decompô-la... e leva o seu tempo para que regenere: para que se re-genere o Ser-Universo.

2 comentários:

  1. o que são as palavras?
    desde quando há palavras

    - escritas?
    - e faladas?

    como era possível viver antes da descoberta das palavras?
    podem as palavras identificar-nos melhor do que impressões digitais
    ou ADN?

    continuação de bom trabalho

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  2. Como nos identifica desde o nascimento o nosso corpo creio que não podem chegar...

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