segunda-feira, 15 de setembro de 2008

The Boys of Summer (Don Henley)

Daria tudo por tudo para voltar atras e nao mais desperdicar a minha infancia e adolescencia Algarvia da maneira que desperdicei ... Trocando o sol, o mar e a sensualidade do Sul por algo que se revelou nao ser nada mais do que uma balela ...

Mas nunca e tarde demais para se recuperar o "ser-se crianca". Agora, dou tudo por tudo para nunca mais deixar a vida de sol, mar e sensualidade que a Providencia me esta ofertando em terras ainda mais a Sul. Nunca mais voltarei a desdenhar da Providencia, e nunca mais voltarei a acreditar em balelas. Agora e de vez. Nunca mais quero ter vontade de cantar esta cancao de despedida de tudo o que ha de mais belo. Em vez de me despedir, quero dissolver-me nessa beleza.

Bem hajam.

7 comentários:

  1. Entendo perfeitamente - embora não sabendo as razões - o que é trocar o mar pela montanha... o litoral pelo interior... o mar pela profundidade.

    Esta tua mensagem, verdadeiramente, diz-me muito.
    Viverei com isso e deixarei que as montanhas me abracem, numa tentativa vã de esquecer o mar... ou o Tejo.

    Saudade, este elemento...
    Certeza, desta terra... telúrica o bastante. Um excesso de chão.

    (12 minutos depois)

    A providência concedeu-me este tempo, para te desejar, uma muito boa noite e dizer... já sinto falta desse mar, que por aqui me inunda, mas só em pensamento...

    Bem hajas

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  2. Olha Lux Cauldron, e trocar uma existencia de liberdade, luz e prazer de uma "Zorba" de saias (ja leste Nikos Kazantzakis?) pela ilusao de ser uma boa menina, seguir modelos predominantes de sucesso, aprender a gostar das musicas, do teatro, das roupas, da linguagem corporal e da maneira de ser que as pessoas supostamente "de sucesso" gostam, a viver numa cidade grande, pois isso e que e ser "cosmopolita" e outras tretas afins que enchem os nossos familiares e amigos de orgulho, com o preco de nos deixarem vazios de nos mesmos.

    A minha vontade era deixar tudo, tudo, e nao ser NADA.

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  3. Viva a boemia!
    Vivam os maus alunos!
    Vivam os preguicosos!
    Vivam os caloes!
    Viva a divina ignorancia que nos deixa abertos para o que interessa!
    Viva o achar os marroes os seres mais ridiculos deste mundo!
    Viva o ser-se NADA!

    Pois dou-me conta de que, se escrevo como forma de vida, e porque nao sei fazer mais nada, principalmente alguma coisa que seja util para o proximo.

    As vezes sinto que o proprio acto de escrever aqui e pura vaidade. Ja tive varias vezes vontade de deixar de aqui escrever, e de deixar de escrever, ponto final, seja na blogosfera ou em papel, pelas mesmissimas razoes. Tenho uma voz dentro da cabeca que de vez em quando me chama atencao para isso e me manda calar.

    Eu nao lhe dou ouvidos. Sera que deveria?

    PS- Benditos os comentadores anonimos ou semi-anonimos que postam comentarios insultuosos sob nomes falsos. Nem sabem eles que me ajudam a uma muito benefica catarse!

    Por isso, desembuchem! Nao tenham vergonha!

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  4. Ana Margarida Esteves, talvez a localização geográfica seja a única verdade no meio de tudo isto.

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  5. Entendo perfeitamente - embora não sabendo as razões - o que é trocar o mar pela montanha... o litoral pelo interior... o mar pela profundidade.

    "Esta tua mensagem, verdadeiramente, diz-me muito.
    Viverei com isso e deixarei que as montanhas me abracem, numa tentativa vã de esquecer o mar... ou o Tejo.

    Saudade, este elemento...
    Certeza, desta terra... telúrica o bastante. Um excesso de chão."

    Ana, isto é um insulto?

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  6. Nao e insulto de maneira nenhuma.

    O que eu estava a dizer e que, por vezes, porem em causa o conteudo da nossa escrita pode ser a melhor coisa que nos podem fazer.

    Podes ter a certeza de que sou tao grata, senao mais, aqueles que me criticam ou a te que me deitam aaixo do que aqueles que me elogiam.

    O elogio e perigoso.

    A critica ou o insulto forcam-nos a prestar atencao ao aqui e agora.

    Desculpa se nao me exprimi bem.

    Abracos

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  7. Ana,
    Os presentes que nos dão só são nossos se os aceitarmos. Caso contrário, são de quem os quer dar.
    E ninguém nos consegue insultar.
    Nem insular.
    ;)

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