Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
domingo, 28 de setembro de 2008
Arte
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Como num bloco de mármore ou num dicionário ou no espectro solar ou numa série de sons, há em ti uma obra de arte ou do pensar adormecida. Tu não sabes qual seja e às vezes já não tens tempo de o saber. Mas que um artista ou um pensador crie essa obra e tu reconhecerás que a criou em ti. Toda a obra tem de existir em nós para existir. Porque toda a obra é impossível se ninguém a reconhece. Ela está em ti, no traçado invisível que lhe delimita o contorno, no submerso da sua latência, e é o artista que a faz vir à superfície, lhe define a visibilidade, mesmo do que lhe será sempre invisível. O artista ou o pensador criam a sua obra. Mas é em ti que eles a desenham para existir. Como Deus, aliás, que também.
Vergílio Ferreira, Pensar
Ele, ausente...)
ResponderEliminarEnsinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as pedras.
Aponta-me todas as coisas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando a gente as tem na mão
E olha devagar para elas.
Alberto Caeiro
Parabéns!...Um abraço!
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