Sempre ouvi dizer que as Amazonas são corajosas guerreiras. Não conheci nenhuma. Garantem-me que não há quem se lhes assemelhe em bravura. As pedras que retiram com esforço do leito do rio ganham vida em contacto com o ar. Depois de moldadas, o animal ou o objecto que delas se forma solta o seu poder e sortilégio. Os homens temem-nas. Elas correram mundo no seu tempo e espalharam-se pelos continentes, por ilhas, junto da água, as amazonas fortificaram, pois é com esse elemento que tonificam e apuram todos os seus poderes. São filhas da mudança, do vento, e com ele cavalgam sempre em busca. O que buscam essas mulheres? O que as faz travar vigorosas batalhas e cuidar-se para que o seu corpo seja são e forte? Como fazem para sobreviver sozinhas? Que culpa expiam? Embelezam-se para a Festa das Rosas e perseguem a sua presa com tamanha coragem e beleza, que a culpa transforma em misto de medo e desejo os homens que as avistam. Sabem-se unidas pela força da abdicação e do inconformismo. Criaram uma sociedade à parte. De que abdicam estas mulheres temíveis? Abdicam de ser rainhas. Abdicam da sombra. Querem a luz e a coroa. Vão em busca do amante para a festa das rosas, essas mulheres temíveis. Mas não é a Rosa que buscam, tão só o filho delas. O filho da Rosa para criar e entregar ao mundo que lhes foi usurpado – Talvez estas mulheres não existam mesmo, e sejam a forma materializado do medo e da culpa – Só de uma coisa essas guerreiras não abdicam, a coisa da maternidade. E essa grande causa as mantém unidas. São cada vez menos raras as mulheres guerreiras, as amazonas. Dizem que, quando a pedra do rio ou a pedra da lua se transforma em serpente, se tornam invencíveis. Só são vulneráveis ao Amor. Só ele as faz perder batalhas. O amor cego e a paixão violenta são simultaneamente a sua maior fragilidade e a causa da sua invencível determinação para a vitória. É dessas águas agitadas que retiram a sua força de vencedoras. Sujeitas à cegueira do amor, algumas delas têm caído por terra e deposto as armas. E as armas das amazonas são talhadas e afiadas com extremo cuidado e sabedoria.
Dizem-me que está mal e que pecaram essas mulheres, por não aceitarem o seu destino. Não digo que sim nem que não. Não sou guerreira. As minhas armas são a compaixão e a benevolência. Digo que em qualquer sociedade todos os papéis são necessários e que a ordem e a hierarquia deveria surgir sempre da sensatez, da sabedoria e da bondade. Nisto acredito. Os poetas, os filósofos, os místicos serão sempre como as Amazonas. Em vez de armas, soltam as palavras e elevam o coração, e andam sozinhos pelas estradas e caminhos. Por vezes, nem sabem o que buscam... Caminham sós, para onde os leva o vento, ou uma ideia perdida. Mas, mais cedo ou mais tarde, terão que escolher. Se não forem banidos pela sociedade organizada, onde pertencem e não pertencem, onde estão e não estão. Pois que vivem em duplo, a vida se encarregará de expulsar um deles, ou fazê-lo exilado por vontade própria. Quando se vive em duplo, a realidade é e não é. Não há certezas. E não há lugar para a incerteza e para a dúvida, em nenhuma sociedade conhecida. Têm que se amputar de uma parte de si, os poetas à solta, os verdadeiros filósofos, os místicos de todas as crenças. Permanecendo íntegros, serão desintegrados e deportados. Por vezes, parecem indiferentes aos factos reais, estes seres que levam como sinal, uma estrela ou uma rosa. Mas não se julgue precipitadamente que são dementes ou iludidos: errantes, estrangeiros, mendigos, parecem ser. Nem belos como as amazonas são. Insignificante é a sua aparência. Sabem que não existem sem questionar ou sonhar. Sabem-se condenados. Às vezes ganham mundo e desaparecem, outras vão atrás de causas e tornam-se revolucionários e abdicam e partem de novo, engolindo vento à procura do que deixaram. Nunca se sentirão satisfeitos. Como as amazonas, parecem perigosos, mas mais do que elas têm as suas fragilidades. Amam a pátria, mas a sua pátria fica longe. Amam o Amor, mas nisso se tornam cavaleiros insaciáveis, pois o amor tem longos braços. Não podem ser negociantes, os poetas e as Amazonas, pois tampouco abdicam de princípios de honestidade e lealdade. Serão o que são e o que não são. Trocam os pés ao andar e desaparecem tragados pelo pó, como malteses. Parecem bêbados, com um pé na realidade que vai com eles e o outro a querer ficar.
E os filhos do mal, os traiçoeiros, os ambiciosos, os sedentos de poder? Qual o seu lugar na sociedade? O seu papel é enorme. É predominante. São os protagonistas de uma história virada do avesso que andamos a viver há muito tempo. Não há na realidade tipos sociais. Há pessoas. Quem disse que um poeta não pode ser guerreiro e místico e filósofo? Quem disse que uma Amazona não pode cuidar dos seus filhos amá-los e separar-se deles para que sejam pais, filhos e irmãos de todos? Quem disse que quem é guerreiro, não pode cultivar rosas, e amá-las, antes ou depois da batalha? Quem disse que há castas puras e tipos sociais definidos a régua e a castigo? Quem diz que se nasce e morre com certezas acerca do nosso papel social na vida e acerca da vida? Creio, do que conheço, que não há tipos sociais puros e que para além do que sonhamos há ainda o que somos e vice-versa, e não sabemos o que somos, tão só o que sonhamos. Homens e mulheres, guerreiros, negociantes, vigaristas, mentirosos, filósofos, poetas místicos e crentes, governados e governantes, súbditos e vassalos; admiradores e admirados. Tudo tipos mistos, humanos. O meu sonho não é de castas. O meu reino é dos simples. O rio dos poetas não corre por nenhum objectivo. Corre. A minha utopia não é só uma ideia. Temos todos a obrigação de respeitar e cuidar. E já percebemos que só pode ser Rei aquele que, por exemplos, palavras e obras está mais próximo do Pai. Aceita a bondade como coroa, a fraternidade como ceptro e o silêncio e a sabedoria como escudos contra as injúrias e a ignorância. Não podemos esquecer que o reinado é uma ilusão e estamos aqui de passagem. E às vezes estamos só de viagem ou nem sabemos se cá estamos e o que é esse “cá estar”. Porque não é Rei quem quer, nem quem nasceu fidalgo e nobre, mas quem ouve do seu povo aclamação e se deita não convencido de si, mas convencido que ainda pode fazer melhor, pela Pátria e pela Frátria. Reinar é semear. E quem se convence é vencido. A impotência dos deuses não escapa ao Fado. E do Fado, nem humanos nem deuses conhecem os propósitos.
E os filhos do mal, os traiçoeiros, os ambiciosos, os sedentos de poder? Qual o seu lugar na sociedade? O seu papel é enorme. É predominante. São os protagonistas de uma história virada do avesso que andamos a viver há muito tempo. Não há na realidade tipos sociais. Há pessoas. Quem disse que um poeta não pode ser guerreiro e místico e filósofo? Quem disse que uma Amazona não pode cuidar dos seus filhos amá-los e separar-se deles para que sejam pais, filhos e irmãos de todos? Quem disse que quem é guerreiro, não pode cultivar rosas, e amá-las, antes ou depois da batalha? Quem disse que há castas puras e tipos sociais definidos a régua e a castigo? Quem diz que se nasce e morre com certezas acerca do nosso papel social na vida e acerca da vida? Creio, do que conheço, que não há tipos sociais puros e que para além do que sonhamos há ainda o que somos e vice-versa, e não sabemos o que somos, tão só o que sonhamos. Homens e mulheres, guerreiros, negociantes, vigaristas, mentirosos, filósofos, poetas místicos e crentes, governados e governantes, súbditos e vassalos; admiradores e admirados. Tudo tipos mistos, humanos. O meu sonho não é de castas. O meu reino é dos simples. O rio dos poetas não corre por nenhum objectivo. Corre. A minha utopia não é só uma ideia. Temos todos a obrigação de respeitar e cuidar. E já percebemos que só pode ser Rei aquele que, por exemplos, palavras e obras está mais próximo do Pai. Aceita a bondade como coroa, a fraternidade como ceptro e o silêncio e a sabedoria como escudos contra as injúrias e a ignorância. Não podemos esquecer que o reinado é uma ilusão e estamos aqui de passagem. E às vezes estamos só de viagem ou nem sabemos se cá estamos e o que é esse “cá estar”. Porque não é Rei quem quer, nem quem nasceu fidalgo e nobre, mas quem ouve do seu povo aclamação e se deita não convencido de si, mas convencido que ainda pode fazer melhor, pela Pátria e pela Frátria. Reinar é semear. E quem se convence é vencido. A impotência dos deuses não escapa ao Fado. E do Fado, nem humanos nem deuses conhecem os propósitos.
Para o Paulo Feitais, para ele saber que o seu coração está na Serpente e que tenho Saudades do futuro que corre para o passado. Para uma princesa que está no rio a moldar uma pedra em forma de coração a sangrar.
"Não podem ser negociantes, os poetas e as Amazonas, pois tampouco abdicam de princípios de honestidade e lealdade."
ResponderEliminarNão sei que princípios têm eles... ele há tantos... mas acho que a Natureza só tem um princípio. O Princípio de tudo. O de ser a Natureza do Amor, cuja manifestação é obrigatoriamente livre.*
Anita,
ResponderEliminarOs princípios dos poetas, creio, não diferem muito dos seus fins. (E quando digo princípios, refiro-me a linhas que norteiam o seu comportamento,à sua ética, mais que à sua estética).
Para ser honesto e leal consigo próprio, o poeta há-de saber que o seu sonho perseguirá sempre a bondade e a beleza, para acrescentar ao mundo a que lhe falta e para ver as paisagens
reais e imaginadas com clareza e intenção pura. O Amor do poeta nasce e morre livre, não aprisiona o ser amado. Desprende-o (se) e recebe-o com sorrisos:)Não se pensa a si mesmo, tal como é de sua natureza. O sol não escolhe a flor que alimenta de luz. Vive de brilhar. Os olhos do poeta, quando se fecham, abrem clareiras de luz
e quando se abrem, veêm que a luz
é boa, mas falta...tanta...
está a faltar sim... sendo que o mundo não é o que está.
ResponderEliminaralém de que...
ResponderEliminar"De onde se achará vir a fome,
De lá virá a saciedade" Nostradamus
E é essa a única regra da Mãe-Terra, o paradoxo.
(a luz é mais que boa porque nasce da ligação entre bom+ e mau-... o fim é o princípio pois só andamos à roda...)
ResponderEliminarBeijinho não de Amazonas, mas de Ama-dora. :)
compra um vibrador novo
ResponderEliminarSem dúvida Sr. Anónimo, nada mais há do que sentir o Ser.
ResponderEliminarà falta de vibrador vai havendo estas vibrações... sonoras e visuais...
ResponderEliminarhttp://br.youtube.com/watch?v=-rzoGIuwgHk&NR=1
;)
Manuelinho, Manuelinho, aparece, aparece por favor, tens aqui uma menina que confunde um vibrador com o Ser! Só tu com a tua autoridade de Mestre da tasca do Ti-Zé podes fazer notar a diferença, é que o Ser aquieta e o vibrador desaquieta mas ela faz que não percebe, ou será que está apenas a brincar connosco?
ResponderEliminarpois eu só sei brincar aos pensamentos... a minha loucura não dá para mais. quanto a perceber... só sei perceber com o corpo, e ele não aprendeu ainda a dizer o que percebe... nasceu mudo, o pobre.
ResponderEliminarVibra no ar um segredo
ResponderEliminarUm segredo bem guardado
Manuelinho, vem sem medo
Que o vinho já está estragado.
Ignorar um vibrador
Não é coisa que se faça
Anónimo se faz favor
Vê lá o que é que se passa.
Guardar lesmas, tudo bem,
Beber uns copos sem tino
O ser que Anita tem
É um vibrador divino.
Comentar um comentário
Não parece ser o caso
Se for mesmo necessário
Poeta, dá-lhe com o vaso!
:))
ohh coitada da flor que fica sem casa... :P
ResponderEliminarAnita,
ResponderEliminarPois é. «Coitada da flor que fica sem casa».
Um abraço, até amanhã.
Até amanhã... Saudades. Beijinho.
ResponderEliminarEste texto deveria ser publicado na Nova Aguia.
ResponderEliminarAcordo pela manhã e vejo que me estilhaçaram... foi o Ser ou o vibrador?!
ResponderEliminarMas que flor mais viçosa sou com as águas do Obscuro, são os copos do seu tinto que me refrescam, que me entendem e avivam e me fazem florescer neste deserto da Anita, Anita, Anita...
Ai Obscuro, ai Manuelinho preciso duma miragem, tragam vasos, tragam tinto, tragam a festa, saibamos brincar. Ai que Saudades... do Manuelinho.
Ena, acho que vou montar aqui o meu barraco. Tanta menina necessitada
ResponderEliminarTudo o que fazemos solta o seu poder, nas suas mais diversas manifestações entre a iluminação e o embrutecimento, depende dos ingredientes que combinamos e temperamos, emanamos ou desenvolvemos.
ResponderEliminarA hierarquia é para mim uma dinâmica flexível assim como a integridade. Os nossos papéis e propósitos não se mantêm fixos e muito menos inajustáveis, dependendo do contexto, do momento, com todos os factores envolvidos e envolventes. A integridade não é uma intransigência nem a hierarquia uma sobranceria; nenhum deles um autoritarismo mas uma fluidez: repito, (na minha visão) não há postos fixos, mas várias plataformas (níveis) de Consciência e Acção que ocupamos ora mais abaixo ora mais acima, ora com mais ou menos relevo, mas sem o constrangimento ego-emocional-psicológico do inferior e superior, pois o indivíduo busca a fusão, no colectivo; o indivíduo cumpre-se na Relação nunca sozinho.É a nossa direcção - Fado, accomplishment - que nos move e o status ocupa-nos mas não nos pre.ocupa: agora lavo as escadas, daqui a pouco servem-me o almoço que eu pedi; agora dou uma ordem, não tarda estarei eu a recebê-la; agora ensino e aprendo logo a seguir ou durante.
Ser poeta não é um estatuto, nem um propósito.
Quando dizemos “eu sou” poeta (ou aquele é poeta), eu sou filósofo, eu sou místico, corremos o risco de ficar numa redoma, portanto, num constrito jardim de encontros imperfeitos e onde a diversidade dos perfumes mal conjugados se pode tornar tão espessa e caótica que a única forma de respirar será o não resistir ao desmaio, na esperança de que tudo não passe de uma grave perturbação do ânimo, ou então enlouquecer .
Há momentos em que o poeta não é Poeta nem o filósofo, Filósofo, nem o místico, Místico, não só porque não é mesmo mas porque também não é esse o seu papel, condição, mas outro.
Cumpramos o Fado nos seus mais diversos propósitos.
Por um Reino dos reis, simples, Cara Saudades.
Cremos em Tudo e Nada. Somos Tudo e Nada. Fazemos Tudo e Nada. Usamos Tudo e Nada.
ResponderEliminarDissemos... Nada, nada, nada, nada, nada...
Também sou contra toda a hierarquia. Devemos experimentar toda a posição: por cima, por baixo, pela frente, por trás, pela esquerda, pela direita
ResponderEliminarLuíza, Bom dia,
ResponderEliminarPara mim, é claro tudo isso. Quando se cozinha, por exemplo, se nos distraímos com o sal, os outros sabores parece que desaparecem e sobressai o sal. Se o que deitamos a mais é um ramo de coentros, o prato, sendo o mesmo, parece outro. A cozinha é uma grande arte. É daquelas em que tem que haver uma combinação perfeita dos ingredientes para fazer sobressair o seu conjunto e saborear. Nenhum dos elementos que combinamos pode sobressair em todos os pratos. É uma dinâmica flexível, pois que, em outro prato, já outro elemento afinará o sabor. Enfim…gostei que tivesse comentado o texto e percebido. Hoje terminei o quarto azul. Uma rosa na jarra de vidro também me faz lembrar a música. Os tons e os sons devem ser conjudados em hamonia e não me choca nada, que amanhã sejam girassóis o que antes foram rosas. A música, outra grande arte, é um pouco como a cozinha e a sociedade também. O violino, em certos contextos musicais, trechos e mesmo pausas, assume diferentes papéis que soam de diferentes modos. Assim como apenas o sal, não faz um prato, e o violino não chega a todos os sons, também não somos sozinhos.
Por isso não sou o que diz “eu sou”. Não gosto de redomas, como sabe, gosto do azul, do mar, de paisagens amplas onde passeio; jardins onde me encontro e perco. Sempre acompanhada. Sou uma pessoa simples, como penso que a Luiza sabe. Também desejo um Reino dos simples, com “reis nobres” de países pobres, em sonho regressados.
Um abraço de Saudades, saudades, Luiza.
Tenha um bom dia.
Bolas, que isto está mesmo bom!
ResponderEliminarVale tudo de todas as maneiras...
(diria só que poeta, no sentido de ser criador - de pensamentos, obras..., pode englobar os outros nomes... ou é por aí o Poeta de que falava Agostinho...)
ResponderEliminarEntão ninguém me liga?
ResponderEliminarMas o buda não fazia só sentado? Acho tanta posição uma heterodoxia imperdoável! não há galo nesta capoeira?
ResponderEliminarmas nunca há filmagens das sessões porquê? adoro homevideos de celebrações religiosas
ResponderEliminareu só quadras de santo António, mas tenho outros predicados e grandes e não me canso!
ResponderEliminarQuem é que não pagou a luz?
ResponderEliminarSe no meio de tanta couve também souberem tratar de umas chouriças, eu alinho! Não sou amolador, mas não tenho tido reclamações e até já vi uma freira nua.
ResponderEliminarEu alinho se não fores bruto nem tiveres calos nas mãos. Sou a favor do amor que tudo salva.
ResponderEliminar=)
Sou meiguinho, tenho alguns calos mas não é nas mãos. Não sei se preciso de ser salvo, mas sou todo pelo amor!
ResponderEliminarÒ Anita pagaste a luz?
ResponderEliminaro olho que abre e fecha, essa merda a mim parece-me um bocado mal
ResponderEliminarcabras!
apagaram mas foi a luz! gandas coiros!
ResponderEliminar"sentir o ser" já lhe ouvi chamar tudo, então e "vergalho"? vão ler o Apollinaire Ó patetas de hipermercado, Ó codornizes de soja, Ó lambedoras de hóstias vegetais!
ResponderEliminarO Agostinho só falava de brasileiras boas e cuzudas! fala do que sabes Anita e vai pagar a luz.
ResponderEliminarLarguem o meu Paulinho, o meu poeta, sanguessugas. Não têm coração? Sejam piedosas, um coração de poeta não aguenta tudo, não é pau para toda a obra.
ResponderEliminarPara isso falem com o amolador, desavergonhadas.
“Louzinha querida queria morrer num dia em que tivesses me amado
ResponderEliminarQueria ser bonito para que me amasses
Queria ser forte para que me amasses
Queria ser jovem jovem para que me amasses
Queria que a guerra começasse outra vez para que me amasses
Queria te agarrar para que me amasses
Queria te dar palmadas no traseiro para que me amasses
Queria te pisar para que me amasses
Queria que ficássemos sós num quarto de hotel em Grasse para
que me amasses
Queria que fosses minha irmã para eu te amar incestuosamente
Queria que fosses minha prima que nos amássemos desde criança
Queria que fosses o meu cavalo para eu te montar muito muito tempo
Queria que fosses meu coração para eu te sentir sempre em mim
Queria que fosses o paraíso ou o inferno de acordo com o lugar
onde eu vá
Queria que fosses um menino e eu o teu preceptor
Queria que fosses a noite para nos amarmos no escuro
Queria que fosses a minha vida para eu existir só por ti
Queria que fosses um obus boche para me matar de súbito amor”
«Ouse, ouse... ouse tudo!! Não tenha necessidade de nada! Não tente adequar sua vida a modelos, nem queira você mesmo ser um modelo para ninguém. Acredite: a vida lhe dará poucos presentes. Se você quer uma vida, aprenda ... a roubá-la! Ouse, ouse tudo! Seja na vida o que você é, aconteça o que acontecer. Não defenda nenhum princípio, mas algo de bem mais maravilhoso: algo que está em nós e que queima como o fogo da vida!!» Lou A Salomé
ResponderEliminar“Apaga meus olhos: eu posso te ver
ResponderEliminarFecha meus ouvidos: posso te ouvir
E mesmo sem pés posso ir a ti
E mesmo sem boca posso te invocar.
Arranca-me os braços: eu te prendo
Com meu coração como uma mão
Dilacera-me o coração: e meu cérebro palpitará
E mesmo se fazes de meu cérebro um braseiro
Eu te levarei em meu sangue.”
Hino à dor
ResponderEliminar«Quem pois, dominado por ti, poderá escapar,
Se sentiu teu grave olhar voltado para ele?
Eu não fugirei, se me apanhas
Jamais crerei que só fazes destruir!
Entretanto – tu também, mereces ser vivida!
Claro, não és um espectro da noite
Vens lembrar tua força ao espírito:
É o combate que engrandece os maiores,
O combate como derradeiro alvo, por caminhos
Por isso, se só podes me ofertar, ó dor,
Em lugar de felicidade e do prazer, a verdadeira grandeza,
Vem lutar comigo, num corpo a corpo,
Vem lutar comigo, na vida e na morte –
Mergulha no fundo do coração,
Mergulha no mais profundo da vida,
Leva para longe o sonho da felicidade e da ilusão
Leva para longe o que não merecia um infindo esforço.
Nunca triunfará verdadeiramente sobre o homem autêntico
Mesmo que ele te ofereça teu peito nu
Mesmo que se aniquilasse, desaparecesse na noite!
És apenas um pedestal para a grandeza do espírito!»
Nietzsche
Meu Guizinho
ResponderEliminarporquê aqui? Na vês que estas moçoilas desta casinha ficam vermelhinhas co Apollinaire. Pensas tu kisto aki é o TV curral, lá daqueles mocinhos que gostam de reinar. ai, tem lá juízo.