terça-feira, 8 de julho de 2008

Bruteza

A bruteza pura da flor
É como a bruta pureza do amor
A arte mais velha, mais longa
É o subir do olho ao alto azul
Sobre uma terra amena e ampla ao sul
Em sudação de lágrima com sal
E comoção ao ver-se tão diverso e tão igual

Do homem que vem da menina
Que não sabe de onde vem
E é rainha sem vintém
De um Paraíso numa página
Da Lei

A pureza bruta da flor
É a bruteza pura do teu lábio
A latejar de cor e em cada laivo
Um riso, uma procura
Talvez febre
De ser ébrio

4 comentários:

  1. Talvez febre, talvz febre que o verão traz, talvez o gesto de um acenar do sul, talvez de azul o lenço e uma pedra de gelo para refrescar as flores que me nascem do crâneo humano e fero da beleza.



    Saudades, Tamborim

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  2. Febre de ser ébrio: é isso!

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  3. :) Lindo! Febre de ser Deus... pois Deus embriaga-se sonhando: abraçemos o nosso velho Amigo Baco.
    eheh

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  4. Saudades Futuro:) Grata a todos os febris pelos redis dos ébrios bacos.

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