sexta-feira, 13 de junho de 2008

Cedo nos ensinam a amarmos a tudo menos a nós mesmos, e assim a des-amarmos o Todo e a fixarmo-nos no mesmo.

19 comentários:

  1. o que existe é a união... vermo-nos como entidade separada do que está à nossa volta é deixar de amar... é isso que nos faz abandonar a nossa infância...

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  2. Cara Ana, achas mesmo ? No que respeita à primeira parte da afirmação, creio ser exactamente o oposto: "Cedo nos ensinam a amarmos a nós mesmos mais do que a tudo" ! Basta olhar à nossa volta com olhos de ver... E a criança, na infância, etc., não precisa sequer que lhe ensinem isso: já nasce com o instinto de se proteger acima de tudo a si mesma... Vá-se lá saber porquê ! É por isso que a educação tem de servir para desegoízar as criancinhas... Dizer que elas são o bom selvagem do Rousseau foi uma das maiores ingenuidades do Agostinho da Silva.

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  3. Como o próprio Agostinho disse, a criança que nasce reflecte de algum modo o ambiente em que vive... por isso não pode representar puramente o "bom selvagem". Quanto ao se nos ensinam mais a amar a nós ou aos outros... não sei nem, sinceramente, faço questão de saber. Quero saber é como é isso de amar... talvez seja preciso olhar o que é o homem, visto ser ele o sujeito que ama. Poderemos analisá-lo como ser isolado do mundo sendo ele uma síntese, uma união do próprio mundo?... O homem que tem consciência de si arrisca a perder-se de si, pois o homem, em rigor, vive um sonho colectivo.... :)

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  4. (Tenho preguiça em querer saber algumas coisas... depois dá-me para repetir doentiamente outras... como se vê)

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  5. (Peço desculpa algum incómodo... só quero - só posso querer! - aquilo que em verdade apenas existe... a nossa união...)

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  6. Caras amigas e amigos, quanto a isto já sabem o que penso: nascer é sinal de ignorância e egocentrismo, a não ser no caso dos seres despertos, que escolhem nascer para ajudar os outros. Por isso não me fascino assim tanto com a inocência das crianças, por mais adoráveis que sejam... Tenho dois filhos e sei isso por experiência própria, também pela memória do meu egocentrismo infantil. Se nascemos neste mundo e por ele somos condicionados é porque nos auto-condicionámos nesse sentido por pensamentos e acções anteriores. Na verdade, num sentido mais fundo, nele nascemos a cada instante, pela ilusão dualista. Por isso mesmo, a cada instante estamos a tempo de nunca haver nascido, pelo Despertar (do sono, do sonho e do próprio Despertar, que são conceitos subsidiários da maior ilusão, a ilusão de haver quem durma, sonhe e desperte).

    Abraços, sem braços, e uma saúde ao Pessoa, só persona !

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  7. "Cedo nos ensinam a amarmos a nós mesmos mais do que a tudo" !

    Não creio: cedo nos ensimam mais a amar a sombra de nós mesmos - Aquela que obtém poder ao reflectir as expectativas sociais ou ao mostrar-se "mais" do que os outros, seja lá o que isso for, em vez de amarmos o que há de mais profundo e autêntico em nós, o Incondicionado.

    Acho que o problema não é haver individualismo a mais, mas sim individualismo a menos.

    Acham que a maioria dos "Yuppies", se forem realmente honestos acerca de el@as mesm@s, nasceram com vocação para gestores de empresas, banqueiros, advogados, funcionários públicos, e para passarem a santa vida enfiados em escritórios, em reuniões, e a derreter dinheiros em lojas, andares e concessionários de automóveis?

    "Yuppies" e não só, todos os "falsos eus" que existem por aí ...

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  8. "Por isso mesmo, a cada instante estamos a tempo de nunca haver nascido, pelo Despertar (do sono, do sonho e do próprio Despertar, que são conceitos subsidiários da maior ilusão, a ilusão de haver quem durma, sonhe e desperte)."

    Isso mesmo paulo, a cada instante estamos a tempo de nos descobrirmos como o Incondicionado. Isso sim, é a única Coisa que realmente Somos e Não-somos.

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  9. Tenho dificuldade em chegar a esse entendimento, Paulo, não o consigo associar ao que conheço e sinto...
    Quanto às crianças, elas nascem da união... elas concentram o todo, tudo o que existe está ali - elas são o que são, sem rodeios. Se isso é ser egocêntrico? Sim, ou mais que isso, é Ser autêntico. E isso pode incomodar-nos porque o reprimimos - é a minha opinião. Não estes seres civilizados... isto que somos é um egocentrismo da nossa mente quanto à nossa natureza original.

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  10. Essa simultaneidade absoluta dos opostos não deixa lugar para relativizar nada no mundo... parece-me.
    Relativo e absoluto, trocam-se... relativizar tudo é tornar o relativo absoluto... enquanto o mundo é um absoluto temporariamente relativizado; ou seja, essa sua visão contempla uma parte dele...

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  11. tornar absoluto o relativo é a morte... viver é relativizar o absoluto - também, ou principalmente... estamos relativos ao tempo e ao espaço... porque fugir totalmente deles? para ficarmos apenas no absoluto ficávamos onde (não) estávamos... onde tudo é E não é... mas estamos aqui... e viva o relativo que nos deixa sentir este milagre da relação! ;) onde estão coisas que são Ou não são. O "e" não é melhor que o "ou", o "e" não tem piada alguma sem o "ou". Vivamo-los a um e a ou-tro.

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  12. Quanto aos ensinamentos: as crianças têm-nos a ensinar que algo é bom E mau (É), nós temos-lhes a ensinar que algo é bom Ou mau... elas têm a ensinar o fundamental, nós o secundário...

    D'uma eterna criança. :P

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  13. Que seca de conversa, porra ! Vivam os Yuppies !

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  14. Sou quente e boa... e não sou uma castanha ! Faça-vos esquecer a filosofia, a poesia, o Pessoa e a criança. O convívio é total e completo: não como fatias, só o bolo todo.

    Telefonem, querid@s: 217920000.

    Beijos quentes e bons...

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  15. Tentei ligar-te por diversas vezes Uau, mas o telefone está sempre impedido e deves ter a caixa de mails completamente cheia pois os mails que te envio retornam…

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  16. Penso, logo não como. Não penso, logo como. Enquanto como, não existo.

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  17. Querida Uau, estou a tentar ligar-te, mas parece que este telefone é da Faculdade de Letras... Serás professora lá ?

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  18. Querida Uau, estou a tentar ligar-te, mas parece que este telefone é da Faculdade de Letras... Serás professora lá ?

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