segunda-feira, 5 de maio de 2008

Noiva perdida...

Noiva perdida antes de te haver conhecido na distância infindável, que só vens quando não mais te espero, como nesta noite que fulgura por entre estrelas pálidas na foz do Douro antigo como tudo o que separa e une todos os amantes... (Porto,10.10.2007).

4 comentários:

  1. A Noiva eterna
    Vive nos olhos do amante
    Como a luz acesa na casa
    As janelas da alma
    sentem a sua chegada.
    Sem se anunciar
    a Noiva eterna vive
    Revê-la no seu esplendor
    é sabê-la perdida
    No som que a flauta espalha
    na clara suavidade do ar.
    A noiva eterna chega
    quando o coração
    está pronto para a receber.

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  2. Sera a noiva eterna a Anima de Jung?

    E o Animus o noivo eterno?

    O que vislumbramos nas profundas e efemeras trocas de olhares entre desconhecidos que por um momento eterno se desejam?

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  3. Paulo,

    Li-te pela manhã,
    a Noiva Perdida lembrou-me a Sempre Noiva que em tempos um eterno noivo me dedicou, em flor. Sorri desejos e destinos.
    Pensei juntar-lhes os campos, na sonoridade Matinal prolongada do entardecer, e lá fui cheia de graça; descalcei-me à terra dourada e descubri-me ao sol. Peregrinei à roseira e agora sento-me à distância do olhar próximo onde a água se ouve cair para um poço, ao lado dos loureiros. No canto junto ao palhal, observa-me uma Sempre Noiva. Sinto todas as tensões e des.contraio, improviso respirações e elevo-me no sentido de leveza. Os grilos aqui de perto sossegam o coro, retomam o fôlego; mais para baixo outros recomeçam num outro tom, ganham terreno e vozes e de novo aqui. O sol assiste com a brisa à cadência da luminosidade, da temperatura, do estremecer da terra.
    E revejo-me no sorriso ao ler a Noiva Perdida. Que bonito. E a vê-la Sempre.

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  4. Luiza, li-te pela noite e agradeço a beleza do teu texto que vejo e desejo a embalar e realizar os sonhos de todos os Noivos.

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