Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
sexta-feira, 23 de maio de 2008
Misticismo e Racionalidade
O misticismo é a tentativa de dissolução do sujeito no objecto de pensamento. Não implica o abandono da razão (se isso é sequer possível... e o que é a razão?), podendo até ser implicado ou despoletado (experiência mística) por uma ascensão racional, por exemplo através de argumentação. Pensa-se, muitas vezes, que os místicos não são racionais e que os racionais não são místicos, o que é um erro, uma pequena guerra sem sentido. As tentativas de redução do mundo a uma ou outra categoria, quando é evidente que co-existe com outras, é uma idiotice. Assim, tentar eliminar o misticismo ou a racionalidade do nosso pensamento é uma idiotice, porque o modo como o mundo é permite o misticismo, no nosso próprio desconhecimento e tentativa de saber mais, procurando um objecto transcendente que tenha gerado o mundo, e a racionalidade (e o que é a racionalidade? Não esqueçamos que são os próprios lógicos a afirmar que o modo como pensamos é bastante mais caótico do que a representação idealizada e simplificada das linguagens formais da lógica proposicional e de predicados), nessa mesma busca (e noutras). Dois mundos perfeitamente compatíveis, especialmente quando a busca é abertura-aventura, divino caminho para os enormes e etéreos portais da Deusa.
Só me dou a quem me rejeite
ResponderEliminarSó amo a quem me mate
Só sou quem me despreze
Só liberto quem me ate