domingo, 13 de abril de 2008

Morrer a cantar

Morrer a cantar
de boca ogivada
no céu azul imediato

4 comentários:

  1. Ah Paulo...
    ...e morrer assim, perdidamente.

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  2. Uma leitora tardia de Silesius...

    A esse canto Silesius diria:

    " Ai nós outros homens não sabemos , como so pássaros das florestas ,
    Reunir na alegria o timbre das nossas vozes diversas." 265

    Mas, uma "boca ogivada" e ainda por cima "no azul imediato" leva-me a perguntar como Silesius:

    "Amigo, se todos juntos não devemos cantar senão uma só coisa,
    Que canção será, e que coro?" 267

    O que se junta à voz de Cassandra? O que é sobreangélico?

    "Maior é a diferença das vozes que reunimos
    E mais maravilhosamente ressoa o canto comum." 268

    Ai que ideia mais linda esta boca pensante e cantante deixou na minha alma a cantar! Voltar ao Outrora cantando e acordando as Sombras...
    Que ideia mais linda, Amigo, esta que explica o carácter irresistível dos vitrais perpassados pelo "azul imediato" onde se morre, olhando, indo e cantando...

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  3. Cantar o fado é vencê-lo e calá-lo. Libertar-se.

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