Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
quinta-feira, 6 de março de 2008
Um pouco de ambos
Uma crença é uma frase ou estado de coisas em que qualquer um de nós acredita. Por exemplo, "(eu acredito que) não estou agora a fumar", "(eu acredito que) Deus existe" são crenças que tenho neste momento. Posso abandoná-las se alguém me apresentar argumentos em contrário que sejam no mínimo válidos e consistentes e que me pareçam melhores do que os meus, por alguma experiência ou por argumentos alternativos que os sustentem. Em filosofia, trata-se de discutir crenças. Não é que seja filósofo, mas assim me foi dito e assim tenho lido. Não considero que a filosofia, se é apenas a discussão das crenças, seja o mais importante na vida. Considero mais importante a vivência da experiência que a vida proporciona. Não é que defenda que vivamos burros, mas que não vivamos só nem nem tanto intelectualmente mas, mais, sensorialmente: e isso passa por apreciar os prazeres que as sensações nos dão... por não ser Apolo, nem Diónisos, mas um pouco de ambos.
Creio que a filosofia foi o nome dado ao amor da sabedoria, entendida como arte de orientar a mente para saborear plenamente a vida, nas suas melhores e mais amplas possibilidades, conducentes à felicidade. Assim era para os gregos, como assim é para os orientais. Que no Ocidente se tenha tornado discussão de crenças é obra dos professores de filosofia, ou seja, dos sofistas que invadiram as Universidades e passam por filósofos, quando muitas vezes são meros intelectuais mercenários que apenas ensinam o que os outros pensaram, dá mais jeito e atrai mais público, para ganharem a vida, sem que vivam de acordo com o que pensam, porque aliás não pensam por si. E muitos dos alunos universitários de filosofia são os aspirantes a serem seus herdeiros, pelos quais a casta se reproduz, sem proveito nenhum para o mundo e, muitas vezes, com grande dano.
ResponderEliminarQuerido Professor de filosofia, onde é que já o escutei e li ?
ResponderEliminarMas o Professor é uma rara excepção, parece-me que vive de acordo com o que pensa e diz... assim o vejo e sinto.
Cuidado com as ilusões e idealizações !... Ninguém é perfeito, ou seja, só Ninguém é perfeito !
ResponderEliminarSe me chamei de professor de Filosofia é porque não me excluo de tudo o que aqui critico. E cuidado, pode ser que eu não seja quem pensa que sou...
Não. Não se trata de ilusões nem idealizações... vejo-o apenas próximo daquilo que acredito... um exemplo a seguir desperta e não cegamente !
ResponderEliminar"só Ninguém é perfeito !" Concordo.
E os Mestres dizem: dúvida sempre.
sei quem é e tambem acho que é um exemplo a seguir e o mundo seria melhor.
ResponderEliminarHavendo reconhecimento é digno o elogio. Aceitá-lo com humildade foi a atitude correcta. Sensibilizada fiquei com o que li.
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