terça-feira, 4 de março de 2008

A propósito da poesia da Rita Cardoso e do Karl Marx

Eu acho muito triste o Karl Marx estar a gozar implicitamente com os pequeno-burgueses de esquerda (dos quais eu me incluo) e deixar para o Paulo Borges essa tarefa explicitamente.
(ver comentários no poema da Rita)

Em primeiro lugar: o misticismo é, por natureza, revolucionário, e, por graça, apoiante das forças proletárias.

Segundo: as palavras de ordem não entopem canais invisiveis. Quando enunciadas à exaustão, tornam-se uma ladaínha, uma oração que nos transporta para um patamar energético mais elevado. A energia torna-se acção e não reacção.

E para agradar toda gente, em vez do nosso encontro se realizar num palácio da Pena, porque não deixarmo-nos cair, afundar no fundo-sem fundo da Cova da Moura?


PS: Esta mensagem foi escrita sob os auspícios da IV Internacional, neo-realismo trotskista tosta-mística.

5 comentários:

  1. De facto, tenho visto muitas multidões levitarem a repetir até à exaustão palavras de ordem do tipo "Contra...", "Morra...". etc... E às vezes até desaparecem, desmaterializando-se nesse "patamar energético mais elevado" !...

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  2. isso também é uma verdade bem chata...

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  3. O nosso encontro, a haver, já vai ser por si um afundamento completo... Cá por mim tudo bem !

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  4. Sei lá ! Pode ser que não... e que encontremos a "Ilha dos Amores" ...

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  5. Eu concordo, mas só se for a cova de uma moura encantada;-).

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