sábado, 8 de março de 2008

Casa

Tudo lhe lembrava casa, mas nada o era...

7 comentários:

  1. Isso é a expressão do sentimento da primeira iniciação,segundo o entendimento dos antigos mistérios cristãos, o nascimeto de Cristo na gruta do coração. O estado de "mendigo errante" que recusa a Terra(casa)como sua verdadeira morada... Ainda nesta fase,há que ser livre do eu...
    Ainda o espera uma segunda iniciação, figurada em "aquele que construiu uma cabana num lugar de paz"... ainda a casa, da pobreza de espírito...
    Depois vem o designado "baptismo" as "tentações do deserto"...
    Segue-se a "transfiguração", a verdadeira união... Aí,talvez possamos estar em casa...

    ResponderEliminar
  2. ...porque, se o fosse, nada lhe lembraria...

    ResponderEliminar
  3. Tudo o iludia na promessa de um domicílio que nada lhe oferecia ou tudo lhe lembrava a casa que só o nada o era ?

    ResponderEliminar
  4. De madrugada
    alguém bate à porta
    da casa das memórias.

    Com gestos lentos
    A mãe segura a noite e o dia
    E abre uma estrada
    Que vai do céu à terra.

    ResponderEliminar
  5. Há um caminho que eu sei/
    Que vai dar à casa antiga/
    E há uma varanda/
    que dá para o mundo/
    Onde uma criança está sentada/
    a pensar as palavras com o coração//...

    ResponderEliminar
  6. ...mas outro caminho há que desaparece sob os passos que reabsorve na transparência... essa a casa única que não há...

    ResponderEliminar
  7. Tudo lhe lembrava a casa que só um (para si) indeterminado o era. Ele sabia que a casa existia, tinha essa ideia consigo, mas não a encontrava em nenhum fenómeno. Ele não era deste mundo...

    ResponderEliminar