terça-feira, 11 de março de 2008

As duas principais propriedades da consciência

Ser sobre algo. Ser para alguém.

6 comentários:

  1. Creio que assim se reduz a consciência ao seu exercício mais comum, grosseiro e convencional: ser sobre algo e ser para si. Sugiro a leitura da crítica de Plotino a Aristóteles e à sua ideia de um Deus-Pensamento que eternamente se pensa a si mesmo. Assim surge o Intelecto que em si encobre o Uno ou, melhor, o inefável que nem Uno se pode dizer, pois está livre de se objectivar subjectivando-se.
    Mas isso não está fechado nos livros de filosofia: está neste preciso instante no intervalo entre cada pensamento, no vazio de cada pensamento, no indizível.

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  2. Estamos sempre a aprender! Compreeendo e até concordo em que seja a versão mais grosseira de "o que é a consciência?", talvez por ser a mais evidente. Mas o que é o inefável? O que é o Uno? Será que existe algo inefável, ou tudo pode ser dito? Será que existe algo que é o Uno, e aqui até concordo que existe, que é o conjunto de todas as coisas, esse corpo total e mais coisas se mais houverem, o conjunto de tudo o que existe e não existe? Esse uno é inefável? Haverá alguma coisa consciente que não se subjective, que não diga:eu? Etc., etc.

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  3. Sim, claro que há coisas conscientes que nem sempre dizem eu: nós próprios ! Vivemos muito mais tempo, e conscientes, do que aquele em que pensamos ser alguém/um eu que está vivo e consciente. O problema é que aplicamos a todo o estarmos vivos e conscientes isso que então pensamos, a interpretação que nesses momentos fazemos e que projectamos no que entendemos como passado e futuro. Retrospectiva e prospectiva fatal.

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  4. Que privilégio...
    Escutar mestre e discípulo
    à fala!...

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