Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
A saudade no vasto oceano da mente
A saudade tem o seu quê de angústia. É amor, memória e desejo - isso já todos sabemos (se eu dissesse algo de novo é que seria de estranhar). Mas o que é a angústia? Não sei bem se é angústia, se a sensação de um vazio interior, a falta do sujeito amado. É tristeza, pela falta do sujeito amado, uma armadilha em que caímos ao querermos, continuamente, relembrar o objecto do nosso amor. Talvez não queiramos, mas sejamos espontaneamente impelidos a tal, tal como espontaneamente imaginamos o que quer que imaginemos. Sim, creio que a mente é como o vasto oceano e os pensamentos ondas que, a tempos, aparecem para perturbar a paz mais ou menos reinante. A saudade tem a particularidade de ser uma onda antagónica, na medida em que é, simultaneamente, prazer e sofrimento e, mesmo mas já não na antagonia, ilusão. Porque, por momentos, iludimo-nos ao pensarmos que estamos com o objecto amado, como quando saímos deste mundo para os imaginados, o que causa um prazer momentâneo, alegria, que tem como pano de fundo um desprazer, tristeza, que não é senão a consciência da falta do objecto amado. Isto não é nada de novo, mas apenas expressão do que estou a sentir - por causa do meu amor louco por um animal! Se nos ensinam...
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