Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
A palavra (II)
A palavra trabalha o silêncio. É evasiva lapidação. Ela concebe a própria imanência, o ímpeto com que se firma na claridade inflectida.
"Onde estás, Luz jovem! que sempre me acordavas À hora da manhã, onde estás tu, ó Luz? (...) Luz!Luz! por sobre as nuvens que se precipitam! Sê bem vinda! Os meus olhos florescem para ti! (...) Oh! aproximai-vos, que eu reparta convosco a alegria, Ó vós todos, que vos abençoe o que de novo vê! Oh! tirai-me a vida, que eu a suporte, Tirai-me do peito este dom divino!"
O Holderlin que lhe vai bater um dia destes à porta, tocar as mãos e como um milagre falar consigo e para si, aedo cego como todos. Mas com palavra e na palavra.
"Onde estás, Luz jovem! que sempre me acordavas
ResponderEliminarÀ hora da manhã, onde estás tu, ó Luz?
(...)
Luz!Luz! por sobre as nuvens que se precipitam! Sê
bem vinda! Os meus olhos florescem para ti!
(...)
Oh! aproximai-vos, que eu reparta convosco a alegria,
Ó vós todos, que vos abençoe o que de novo vê!
Oh! tirai-me a vida, que eu a suporte,
Tirai-me do peito este dom divino!"
O Holderlin que lhe vai bater um dia destes à porta, tocar as mãos e como um milagre falar consigo e para si, aedo cego como todos. Mas com palavra e na palavra.
Assim o espero. Espero por Holderlin e por Rilke e por todos os poetas que lhe falam e a fazem falar tão alto e dentro do mistério.
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