sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

A palavra (II)

A palavra trabalha o silêncio.
É evasiva lapidação.
Ela concebe a própria imanência,
o ímpeto com que se firma
na claridade inflectida.

2 comentários:

  1. "Onde estás, Luz jovem! que sempre me acordavas
    À hora da manhã, onde estás tu, ó Luz?
    (...)
    Luz!Luz! por sobre as nuvens que se precipitam! Sê
    bem vinda! Os meus olhos florescem para ti!
    (...)
    Oh! aproximai-vos, que eu reparta convosco a alegria,
    Ó vós todos, que vos abençoe o que de novo vê!
    Oh! tirai-me a vida, que eu a suporte,
    Tirai-me do peito este dom divino!"

    O Holderlin que lhe vai bater um dia destes à porta, tocar as mãos e como um milagre falar consigo e para si, aedo cego como todos. Mas com palavra e na palavra.

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  2. Assim o espero. Espero por Holderlin e por Rilke e por todos os poetas que lhe falam e a fazem falar tão alto e dentro do mistério.

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