Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
o império
o império verdadeiro
é o que se levanta nos estarmos acesos
o pendão bem alto
o chão acossado pela vontade de todos os caminhos
a perdição que rasga a pele do tempo
e do sangue o calor ao rubro
de ser homem sem ter que ser
a escuridar-se em oração
já sem escravos ou deserdados
sem penas nem perdão
já só aqui e agora sempre
sem mandamentos ou salvação
e o paraíso não é um jardim
e o infinito cabe-me na mão
onde na pele assomam as inconsistências da vontade
e o eu se esboroa na dormência da posse
sou porque sou
vivo porque vivo
irmão porque irmão
barco porque barco
porque a razão do que somos é o que somos
libertos das amarguras de termos que ser
ninguém tem que ser o que é
cada um é porque é
essa a alegria
que toca a rebate
na soltura da Hora
Porque é que a Hora é sempre e nunca é ?
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